Após hostilidade na saída do Maracanã, Fluminense vive expectativa de novos protestos

ônibus do Fluminense escoltado na saída do Maracanã
ônibus do Fluminense escoltado na saída do Maracanã Foto: Marcelo Theobald / Extra
Rafael Oliveira

O Fluminense tem três dias antes do jogo cotra o América-MG, que vale a permanência na Série A, para juntar os cacos da eliminação na Sul-Americana e da crise vivida pelo time. Mas nesta quinta, o temor é de que novos episódios tumultuem ainda mais o ambiente do clube.

O Conselho Deliberativo irá se reunir nesta noite para tratar, entre outros assuntos, do planejamento do futebol para a próxima temporada. Como há a expectativa de que membros da diretoria e do Flusócio, grupo do presidente Pedro Abad, estejam presentes, torcedores e até mesmo sócios se mobilizam para um protesto contra o momento vivido pelo time e pelo clube.

Mulheres de jogadores do Fluminense esperam dentro do estádio
Mulheres de jogadores do Fluminense esperam dentro do estádio Foto: Rafael Oliveira / Extra

Na noite desta quarta, os próprios jogadores já foram alvo desta ira. Com um número elevado de torcedores na saída do Maracanã por onde a delegação passa, os atletas ficaram acuados numa sala do estádio. Ao lado de seus familiares, aguardaram o melhor momento para deixar o local. Eles só conseguiram, sair, no entanto, mais de uma hora após o fim da partida.

O presidente Pedro Abad também foi alvo de ataques. Ao ser descoberto na arquibancada, passou a ser xingado e hostilizado por um número cada vez maior de torcedores. Após alguns minutos, foi orientado por um segurança a deixar as arquibancadas. O mandatário deixou o estádio no próprio ônibus do clube, assim como um grupo grande de jogadores.

Do lado de fora, a polícia utilizou balas de borracha e gás de pimenta para espantar os torcedores e abrir caminho para a saída da delegação tricolor. Apesar do clima de grande hostilidade, jogadores e o técnico Marcelo Oliveira tentaram pedir o apoio das arquibancadas para a partida de domingo. Para permanecer na Série A, o Fluminense só precisa de um empate com o América-MG. Em caso de derrota, torce por tropeços de Vasco ou Chapecoense.

– Gostaria de dizer que, por mais que tenhamos dificuldades e algumas limitações, em todos nós existe uma dignidade. Há honradez desses atletas por passarem por tudo o que estão passando, brigando muito por todo resultado. Alguns deles estavam chorando no vestiário agora. E começamos a fazer esta mobilização pela reação para que possamos fazer um jogo muito melhor no domingo, um jogo competente – disse Marcelo Oliveira. – É entender que só depende de nós, vamos jogar no Maracanã, diante da nossa torcida. Não era esse o objetivo que deveria ter um clube da grandeza do Fluminense. Mas é o que precisamos fazer no domingo.

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