Foto: Guga Matos/JC Imagem

Embora tenha sido uma das primeiras lideranças a defender uma candidatura alternativa à do PT na eleição para prefeito do Recife em 2012, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) nega ter feito um movimento contra os petistas. Prestes a firmar aliança com o PT para o pleito deste ano, quando será candidato a governador, o parlamentar disse em entrevista à Rádio Olinda nesta segunda-feira (27) que, há dois anos, estava insatisfeito com a falta de diálogo do então prefeito João da Costa (PT).

“Tenho muita tranquilidade em responder que não houve movimento contra o PT, mas existia certa insatisfação, porque havia o reconhecimento que o prefeito à época não dialogava, inclusive com o próprio partido ocorreram dificuldades”, justificou Armando.

Nas eleições de 2012, o PTB descolou-se do PT e apoiou o candidato do PSB, Geraldo Julio, para prefeitura do Recife. Sobre a mudança de posicionamento, o senador mostrou-se tranquilo ao explicar a situação. Em 2012, o PTB foi o primeiro partido a defender a tese de candidatura alternativa. “Nós defendíamos isso e logo em seguida surgiu um nome no nosso campo [Geraldo Julio]. Como eu poderia recusar?” explicou.

“Lembro-me que estávamos todos na mesma aliança: PSB, PT e PTB. Mas as dificuldades do PT ficara muito evidenciadas”, acrescentou o senador.

RACHA COM PSB

Ao longo da entrevista, o senador também explicou a dissolução da frente popular e a reaproximação com PT. Adotando discurso semelhante ao pregado pelo Partido dos Trabalhadores, Armando defende que a indicação do seu nome seja formalizada pelo convencimento e não pela imposição. “Se o PSB estivesse alinhado com a presidente Dilma a frente não teria se dissolvido em Pernambuco. Estivemos ao lado do governador na eleição e na reeleição e o governador apareceu com uma postulação quando a presidente ainda pode concorrer à reeleição”, afirmou Armando. (Jamildo Melo)