Assassino de jovem que procurava namorado pelo Facebook pode ganhar liberdade

Cláudia Marinho de Lima foi encontrada morta em um terreno baldio de guaratiba, na Zona Oeste do Rio
Cláudia Marinho de Lima foi encontrada morta em um terreno baldio de guaratiba, na Zona Oeste do Rio Foto: reprodução redes sociais
Marcos Nunes

Condenado a 15 anos de prisão, Paulo Cezar Maia Medeiros, o Robinho, principal acusado do estupro seguido de morte da estudante Cláudia Marinho de Lima, de 18 anos, encontrada com um sutiã enrolado no pescoço, poderá dar o primeiro passo em direção a uma possível liberdade. A previsão é a de que, a partir do dia 30 de novembro de 2019, quando já tiver cumprido dois quintos da pena que foi condenado, ele tenha direito de requerer a progressão de regime fechado, que se encontra atualmente, para o semiaberto.

Paulo Cezar foi preso um mês após o assassinato, em 2013. Ele confessou ter estuprado e estrangulado a estudante
Paulo Cezar foi preso um mês após o assassinato, em 2013. Ele confessou ter estuprado e estrangulado a estudante Foto: Roberta Hoertel/ Arquivo

Paulo Cezar está preso no Presídio Evaristo de Moraes, também conhecido como Galpão da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Se tiver o pedido aceito, ele terá de ser obrigatoriamente transferido para uma nova unidade penitenciária, onde há previsão de cumprimento deste tipo de regime.

Cláudia Marinho de Lima foi morta no dia 5 de outubro de 2013, um dia depois de postar em uma rede social, segundo a família por brincadeira, que estava a procura de um namorado. No dia do assassinato, ela saiu de casa para ir ao encontro de uma pessoa no Bairro Jardim Maravilha, em Guaratiba, na Zona Oeste. Ao chegar na Estrada Itumirim, a estudante pediu uma informação e foi atendida por Robinho, que estava próximo de um bar.

Um dia antes de ser assassinada, Cláudia postou uma mensagem nas redes sociais dizendo que estava a procura de um namorado
Um dia antes de ser assassinada, Cláudia postou uma mensagem nas redes sociais dizendo que estava a procura de um namorado Foto: Reprodução

Ele se ofereceu para levar a jovem até um ponto de ônibus. No caminho, se interessou pelo celular da vítima e, em seguida, anunciou um assalto.

A jovem tentou reagir, mas foi empurrada para um terreno baldio, onde foi espancada, violentada e estrangulada até a morte. Em seguida, Robinho fugiu levando o celular da vítima. Sem notícias da jovem, sua família chegou fazer uma campanha pelo Facebook, pedindo ajuda para encontrá-la. Dois dias após o crime, o corpo da estudante foi encontrado em um matagal.

Um mês depois do assassinato, Paulo Cezar foi preso por policiais da Divisão de Homicídios e confessou o crime. Ele afirmou que trocou o celular da jovem por três cápsulas de cocaína em uma boca de fumo. E alegou ainda que um homem conhecido apenas pelo apelido de Pilha de Gato também teria participado da morte da estudante.

Cláudia foi assassinada e teve o telefone roubado. O aparelho foi trocado por três cápsulas de cocaína
Cláudia foi assassinada e teve o telefone roubado. O aparelho foi trocado por três cápsulas de cocaína Foto: Reprodução

Em julho de 2015, durante julgamento na 3ª Vara Criminal do Rio, a defesa de Robinho alegou que ele não tinha intenção de matar a vítima. E, com concordância da promotoria, conseguiu desclassificar a acusação de homicídio doloso, que tem pena máxima de 30 anos de prisão, para estupro e furto seguido de morte. Mesmo assim, Paulo Cezar acabou sendo condenado a uma pena de 15 anos de prisão pela juíza Katylene Collyer Pires de Figueiredo.

Em novembro de 2016, a defesa de Robinho tentou uma nova manobra para beneficiar seu cliente e entrou com um pedido de relaxamento da prisão. No entanto, o recurso foi negado pela Justiça.

Cláudia Marinho Lima cursava o segundo ano do ensino médio. Seu sonho, segundo parentes, era o de se tornar uma veterinária. O corpo da estudante foi sepultado no Cemitério de Santa Cruz.

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