Assassino de menina “estava com raiva ou teve ataque de fúria”, afirma delegada

Polícia já ouviu duas pessoas após morte de garota em Petrolina

Bruno Wendel

Beatriz foi morta na escola onde estudava
(Foto: Reprodução)

A delegada Sara Rocha Machado, responsável pelo inquérito que apura a morte da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, disse que quem cometeu o crime “estava com raiva ou teve um ataque de fúria”.

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Beatriz foi encontrada esfaqueada em um depósito na escola onde o pai, professor de inglês, trabalha, em Petrolina (PE). Ela morava com a família zona rural de Juazeiro .

O corpo da menina apresentava lesões nos braços e pernas e uma faca cravada no abdômen. “Um indicativo de quem cometeu o crime estava com raiva ou teve um ataque de fúria”, afirmou a delegada. Na tarde desta sexta-feira (11), Sara ouviu duas pessoas. Segundo ela, as pessoas interrogadas foram liberadas porque não há provas de participação no crime.

Beatriz participava, ontem à noite, de uma festa na escola particular, onde também estudava. O corpo de Beatriz foi encontrado no depósito, que não estava trancado. “A menina foi encontrada dentro de um depósito. Ainda não temos autoria e a motivação do crime”, disse a delegada. Nesta tarde, o corpo de Beatriz foi sepultado na cidade de Juazeiro, região do Vale São Francisco, onde moram os pais.

A garota estava junto com os pais na escola. O pai, Sandro Romildo, é professor de inglês na instituição. Questionada se o crime poderia ter sido cometido por alguém da escola, a delegada afirmou: “Não foi constatado, a princípio, nenhum descontentamento entre o professor, pai da menina, e funcionário e os alunos da escola”.

Os pais de Beatriz ainda não foram ouvidos. “A família está em estado de choque. Estamos esperando passar esse clima velório para ouvir os pais. Mas funcionários do colégio, pessoas que não costumam andar no ambiente da escola, mas que estavam na festa, foram ouvidas”, disse a delegada, informando em seguida que os interrogatórios até agora pouco ajudaram nas investigações.

Sobre a quantidade de facadas, a delegada Sara Machado disse que só o laudo do Instituto Médico Legal para apontar. Segundo ela, a perícia tem 10 dias para apresentar o resultado.

Os indícios do crime dão conta de que a menina foi morta no local. “Não há sinais de arrasto do corpo ou respingo de sangue que se faça um percurso”, disse. “Entre o desaparecimento dela e o encontro do corpo o laço temporal foi de no máximo uma hora”, declarou a delegada.

A delegada Sara disse que foram coletadas impressões digitais, fios cabelo e a mostra de sangue, além de coleta de material orgânico para fins de comparação de DNA. “Foi cortado um pedaço da unha para ver se há resíduo de pele, que poderá apontar de houve luta corporal”, pontuou.

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