Assessora de Alcolumbre ajudava empresários investigados em operação da PF a liberar emendas; ela ajudou a cadastrar uma proposta para Juazeiro

Recomendação para que empresários procurassem assessora partiu do amigo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto  |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Do Bnews

A assessora do senador Davi Alcolumbre (União-AP), Ana Paula de Magalhães Albuquerque Lima, ajudou a liberar emendas parlamentares para o grupo de empresários presos pela operação Overclean da PF (Polícia Federal), na última terça-feira (10). As informações são do portal Uol.

Os empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, donos da Allpha Pavimentações, o empresário Marcos Moura, conhecido como “rei do lixo”, e integrante da cúpula do União Brasil estão entre os 17 presos por fraude à licitação, corrupção e desvio de dinheiro.

Segundo as investigações, Ana Paula ajudou a cadastrar uma proposta para o município de Juazeiro. Os empresários queriam que uma emenda de R$ 14 milhões fosse para uma licitação e depois, de forma ilícita,para a Allpha Pavimentações.

A recomendação para que os empresários procurassem Ana Paula partiu do amigo próximo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, o empresário Marcos Moura. A proposta foi aprovada pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. O ministro, Waldez Góes, é aliado de Alcolumbre. A Allpha ganhou um contrato em 2024 para executar a obra em Juazeiro, mas ele foi reprovado pela Caixa Econômica Federal.

Servidora concursada da Câmara desde 2002 e hoje cedida ao Senado, Ana Paula é especializada em execução orçamentária. Ela era braço direito de Henrique Alves (MDB-RN) em sua gestão como presidente da Câmara, de 2013 a 2015.

Ana Paula disse ao portal Uol que lida com execução orçamentária e não tem contato com as licitações realizadas por órgãos que recebem emendas, como prefeituras. De acordo com a investigação, o Amapá, estado de Alcolumbre, está entre os locais onde o grupo tinha influência e teria tentado fraudar licitações. O governador do Amapá negou ter conhecimento dos fatos ou qualquer vínculo com as empresas citadas na investigação.

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