Assessoras negam culpa em adoção ilegal
As duas funcionárias da Vara da Infância e Juventude de Olinda que também serão investigadas na apuração de suposto erro de conduta e assédio moral praticados pela juíza Andrea Calado, não receberam, até a tarde de da última sexta-feira (27), notificação da Corregedoria Geral de Justiça de Pernambuco.
Cristiana Wanderley, assessora da juíza, será investigada por tráfico de influência no caso da adoção de uma menina de um ano por um casal que mora nos Estados Unidos e que não fazia parte do Cadastro Nacional de Adoção. Ela também foi acusada de assediar moralmente servidoras da equipe multidisciplinar da Vara para obter a avaliação favorável ao casal. Já a secretária-geral da Vara, Jacquilene Teixeira, é investigada por prática de falsidade ideológica, pois teria trocado documentos no processo.
“Fiquei chocada. Sempre me dei bem com elas (servidoras da equipe multidisciplinar). Organizamos juntas uma festa junina para as crianças este ano. Uma delas até me convidou para sua festa de aniversário”, disse Cristiana.
Sobre a ligação com Giovana Uchoa, filha do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), a assessora negou que a conhecesse. Também disse que não conhecia Cristiane Marvin, que tentou adotar a menina. “Só as adicionei no Facebook após a guarda ter sido concedida, até para acompanhar a criança. Tenho como provar isso, pelo próprio registro do site”, explicou. Cristiana informou ainda que contratará um advogado para auxiliá-la em sua defesa.
Já a secretária-geral Jacquilene Teixeira informou que não foi comunicada oficialmente pela corregedoria e que desconhecia as acusações. “Não tive tempo de ver o Diário Oficial”, argumentou. (JC Online)