Isabelly Aparecida Ferreira Moro recebeu alta do hospital em 8 de junho e se recupera em casa das queimaduras.
O homem está preso desde 23 de fevereiro por outro crime (um roubo) e, segundo o MP-PR, foi o mandante da tentativa de homicídio.
Isabelly Moro e a executora do ataque – Foto: arquivo
A denúncia contra ele foi juntada na denúncia e divulgada nesta quarta-feira, 3. A Justiça ainda não se manifestou sobre a acusação contra o homem. A denúncia contra a executora do ataque já foi aceita e a mulher se tornou ré nesse processo.
Segundo o MP-PR, as informações legalmente extraídas do telefone celular da denunciada permitiram concluir que o marido planejou o crime e, mesmo preso, apoiou os atos preparatórios, convencendo a mulher a aderir ao plano e executá-lo, estudando a rotina da vítima e atacando-a de surpresa quando estava a caminho da academia.
Os áudios armazenados no telefone demonstraram que o denunciado tinha domínio do fato criminoso e esclareceram sua motivação.
Com as informações extraídas do celular, a Polícia Civil pediu à Justiça que fosse decretada nova prisão preventiva contra o investigado e instaurou um inquérito para apurar sua conduta.
Crime contra Isabelly Moro foi cometido quando ela estava indo a academia – Foto: reprodução
O MP-PR manifestou-se a favor da decretação da prisão, mais uma acumulada pelo investigado. Concluída a investigação, ofereceu denúncia contra ele, imputando-lhe o crime de homicídio qualificado, na modalidade tentada.
Para o MP-PR, as qualificadoras aplicadas ao casal são uso de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima, feminicídio (crime cometido conta mulher por razões da condição do sexo feminino) e motivo torpe, pois o delito foi cometido pelo homem em razão do sentimento de posse que nutria em relação à ex-namorada e de vingança pelo término do relacionamento, enquanto a denunciada agiu motivada por ciúme e inveja da vítima
Até a publicação deste texto, a reportagem não conseguiu localizar representantes legais do casal acusado pela tentativa de homicídio. O espaço segue aberto a manifestações.