Ataque hacker em plataforma do governo afeta sistemas de 11 ministérios e órgãos
O governo Lula (PT) sofreu um ataque hacker que atingiu os sistemas de nove ministérios e outros dois órgãos da administração federal. Várias ferramentas estão indisponíveis e ainda não há previsão para o restabelecimento.
Por volta das 12h desta quarta (24), servidores dos órgãos atingidos receberam um email informando de um “incidente cibernético”.
“As equipes estão atuando para assegurar que os dados estejam íntegros e seguros. Ainda não há previsão para a conclusão do reparo”, diz o texto aos servidores ao qual a reportagem teve acesso.
Na mensagem, a Secretaria de Serviços Compartilhados do ministério afirma que os ministérios atingidos são: da Gestão, da Fazenda, dos Povos Indígenas, do Planejamento e Orçamento, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, da Previdência Social, da Igualdade Racial, das Mulheres, a Casa da Moeda Brasileira e o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o ataque que veio à tona nesta quarta se deu sobre o SEI (Sistema Eletrônico de Informações) Multiórgão e algumas funcionalidades do Processo Eletrônico Nacional.
Até o momento, a pasta confirma apenas o registro de instabilidade nas ferramentas, mas ainda monitora os sistemas para identificar e avaliar eventuais danos e problemas decorrentes da ação.
“O SEI dos demais órgãos não foi afetado, assim com os serviços ofertados ao cidadão via Gov.br. As equipes de TI já estão tratando o incidente para que os serviços sejam restabelecidos o mais breve possível”, diz a Gestão e Inovação por meio de nota.
Além disso, a secretaria orienta que os servidores busquem soluções alternativas para não haver paralisação de serviços e processos urgentes.
Ana Pompeu/Folhapress