Atividade Missionária do Padre Ibiapina

Rara fotografia de José Antônio de Maria Ibiapina (1806-1883) antes de se tornar Padre.
Arquivo Público de Sobral
Nascido no Ceará no ano de 1806, em 1828, aos 22 de idade, figura entre os primeiros alunos matriculados Faculdade de Direito do Recife e mesmo antes de formado , em 1832 , já era professor interino de Direito Criminal
Estava no exercício do magistério como professor substituto de Direito Natural na faculdade do Recife, quando foi eleito Deputado Geral, para representar o Ceará na Assembleia Legislativa Nacional, no Rio de Janeiro. Durante 18 anos exerceu grandes cargos na área da advocacia e do direito no Recife e no Rio de Janeiro. Em Recife se destacou como excelente advogado criminalista . A defesa mais famosa , que ficou conhecida por toda aquela região , foi a de um pobre agricultor de 17 anos que cometera um crime passional (assassinato do próprio sogro) que abalara a opinião pública da região. O autor do crime foi indiciado pela promotoria à pena de morte mas foi absolvido pelo Tribunal do Júri.
A partir de 1850, no entanto, resolveu abandonar a carreira e passou a morar numa pequena casa no sítio Caxangá, no Recife. Dedicou-se a rezar, meditar, estudar teologia e filosofia, além de fazer caridade. Três anos depois, resolveu seguir o sacerdócio, ordenando-se em julho de 1853, aos 47 anos de idade, como Padre Ibiapina. Em 1866, foi nomeado Visitador Diocesano da Paraíba com a tarefa de visitar e supervisionar as atividades da Igreja católica naquela província.
Foi então que ele, aos 60 anos de idade, deixou sua carreira de professor para começar seu trabalho missionário, percorrendo mais de 600 km pelas províncias do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Sempre de batina, a pé ou a cavalo, pregava, aconselhava e levava o conforto por meio da palavra para o povo sofrido do sertão nordestino.
Organizou missões, construiu capelas, igrejas, açudes, cacimbas, poços, cemitérios, hospitais e chegou a fundar mais de vinte Casas de Caridade para moças órfãs carentes, onde elas recebiam educação religiosa e moral, aprendiam a ler, escrever e trabalhos domésticos, além de terem assistência à saúde.
O Padre Ibiapina faleceu no dia 19 de fevereiro de 1883, na Casa de Caridade Santa Sé, na Paraíba. No lugar onde ele faleceu, foi elegido uma igrejinha que depois tornou-se santuário.
Fonte:Da Fé à Promoção Social

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