“Atual presidente da OAB-BA usa o cargo para se promover em uma escala maior”, diz ex-ministra
Voltou a circular nas redes sociais, entre advogadas e advogados de todo o estado, uma entrevista com a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, realizada no início deste ano, criticando a atual presidente da OAB Bahia, Daniela Borges. Segundo a ex-ministra, Daniela quis utilizar-se do cargo de presidente da OAB-BA para se promover. Calmon disse também que os presidentes têm se beneficiado com o “palanque” que o cargo dá. “De uns anos para cá, o que é que aconteceu? A ordem foi invadida por presidentes que foram para o cargo para serem beneficiados com este palanque que o cargo dá e negociar dentro da instituição aquilo que pode ser negociado”, afirmou.
“A presidente seguiu este caminho que estão seguindo quase todos os presidentes. Ela não se tornou uma mulher grande, ela se amesquinhou na medida em que ela quis seguir o estouro da boiada, porque a OAB hoje tem um desprestígio no sentido de política séria, em razão dessa politização pessoal dos seus membros. É isso que aconteceu. Ela não fez nada demais se nós formos olhar o contexto atual da ordem dos advogados, mas ela deixou de ser uma política grande. Ela tentou usar o cargo para se promover em uma, vamos dizer assim, em uma escala maior”, concluiu Eliana Calmon.
No lançamento da chapa Muda OAB, a advogada familiarista Ana Patrícia, candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil –Seção Bahia (OAB-BA) divulgou um documento assumindo o compromisso de se dedicar exclusivamente à advocacia baiana caso seja eleita no próximo dia 19 de novembro. “Tenho o firme propósito de fortalecer a independência da OAB, focando nas necessidades de advogadas e advogados e trazendo de volta a credibilidade da entidade perante todos os órgãos e sociedade civil”, prometeu a advogada, dizendo publicamente que não pretende se candidatar a nenhum cargo eletivo no Judiciário, como fez por três vezes consecutivas a atual presidente da OAB-BA, Daniela Borges, quando tentou ser ministra do TSE.
Segundo Ana Patrícia, “é preciso resgatar a dignidade das advogadas e advogados, tirando a classe da condição de miserabilidade, criando condições de trabalho justas, com apoio ao jovem em início de carreira, e oferecendo cursos e capacitação a preços acessíveis, de modo que possam proporcionar uma vida digna para suas famílias”.