Audiência Pública discute problemática do lixo em Curaçá
Na manhã da última segunda-feira (30) a Câmara Municipal de Curaçá sediou mais uma Audiência Pública. Dessa vez, o principal assunto debatido foi a problemática do lixo no Município. Populares e Gestores Municipais marcaram presença no Evento, coordenado pelo Presidente da Câmara de Vereadores de Curaçá – CVC, Theodomiro Mendes, que compôs a mesa juntamente com a Secretária da CVC, Juscileide Silva; do Vice-presidente da Casa, o também Vereador José Henrique e pelos Secretários Municipais: de Desenvolvimento Rural (SMDR), Luiz Barros; de Infraestrutura e Serviços (SIESP), Pedro França; de Saúde (SMS), Tamires Brandão e a Chefe do Departamento de Meio Ambiente, Ivanilde Gomes. Após a formação da mesa, Mendes abriu o espaço para o Vereador Januário Brandão, autor do Requerimento Nº 135 que solicitava aquela Audiência. Ele expôs os objetivos e justificou dizendo: “O que é que cada um pode fazer, pois temos animais e criadores sendo prejudicados com lixo que também contamina o lençol freático; ainda tem o problema das moscas e da poluição do ar e do solo”, resumiu Januário, o qual foi elogiado por praticamente todos que fizeram uso da palavra durante a Audiência. Depois de Januário, os integrantes da mesa também falaram. Luiz Barros disse que a Audiência é mais um passo para achar uma solução à problemática do lixo e criticou a ausência dos investimentos federais e estaduais sempre prometidos e divulgados na imprensa, mas ainda inexistentes em Curaçá. Pedro falou da dificuldade de Curaçá que não tem coleta especializada de lixo e teve embargada a obra do aterro sanitário, por problemas nas contas públicas municipais, na década passada. Ivanilde evidenciou as parcerias da Prefeitura com a Codevasf (Projeto remediação do Lixo, de 16/8/2013), Mata Branca e Fundação Luiz Eduardo Magalhães – FLEM (Coleta Seletiva e Reciclagem).
Logo após, foi aberto o espaço ao público. O Presidente da Sociedade de Vaqueiros, Estéfano Mota, sugeriu um local mais distante e afastado de criatórios de animais domésticos para o lixão e lamentou a ausência da Secretária de Educação de Curaçá no evento e de investimentos federais no Município. “A educação é parte fundamental para solucionar o problema do lixo; o Governo Federal tem verbas para a Copa, mas falta para resolver coisas mais importantes como os resíduos sólidos”, discursou Estéfano. Edimilson Nascimento, Coordenador do Projeto Mata Branca em Curaçá, solicitou a aprovação, pela CVC, de recurso a ser investido na Cooparc (Cooperativa de Trabalhadores em Reciclagem de Curaçá) e reclamou da timidez do Governo Municipal sobre o Programa de Reciclagem. “É preciso aprovar o recurso, pois termina hoje o prazo. Tem que se investir na Cooperativa devido sua importância para o Município, mas que ela já vá buscando meios de caminhar com suas próprias pernas. E a Prefeitura tem que dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito no Governo anterior, com pessoa específica coordenando e fiscalizando o Programa”, complementou Edimilson. O ex-Secretário da SIESP, Clébio Jatobá também criticou a forma como a Gestão atual tem tratado o Programa. “Antes a gente acompanhava de perto, elaborava e alimentava relatórios mensais que eram apresentados inclusive ao Instituto Coca-cola que era parceiro. Hoje parece que tudo acabou. Eu me coloco à disposição para ajudar, como sempre fiz, pois temos que dar continuidade a esse Programa”, expôs Clébio. O Assessor de Comunicação da Prefeitura, Maurízio Bim, falou que o tema lixo Já vem sendo trabalhado nas escolas municipais, e sugeriu uma avaliação mais criteriosa quanto ao Governo atual, no que se refere ao lixo, justificando que só são 9 meses de administração e falou do Programa. “A primeira experiência de reciclagem aconteceu por iniciativa da bióloga Railda Félix em Poço de Fora e deve ser aproveitada pelo Programa, o qual foi bem organizado pela Gestão anterior. Agora é preciso fazer mais para atendermos a lei 12.305 de 2010”, enfatizou Maurízio. Tatiana Pongillupi, Bióloga do Projeto Ararinha Azul, também defendeu a participação da educação no processo. “Temos que trabalhar na raiz do problema, no consumo consciente. Colocamos o Projeto Ararinha Azul de portas abertas para ajudar”, discorreu Tatiana. Viviane Araújo, moradora do Bairro Salvador Pereira Lima e graduanda em Gestão Ambiental, relatou o fato das queimadas no Lixão, que prejudicaram a saúde de muitas pessoas; e do descarte de lixo nas ruas: “peço a conscientização das pessoas”. Adelson Xavier, da SMDR, evidenciou o plástico e o lixo eletrônico como os maiores vilões do meio ambiente. “É preciso criar um incentivo financeiro para estimular as pessoas a entregarem esse lixo nos lugares corretos”, disse Xavier. Ednilson Jordão reclamou que a informação tem que chegar aos lugares mais distantes. “O lixo também está se acumulando nas estradas, não é só na Cidade”, disse Jordão. Laércio Lima, da SIESP, lembrou que muito do que chamamos de lixo na verdade são objetos que tem valor financeiro. “Sempre sugeri aos prefeitos um ponto aqui na Cidade para recepção de materiais recicláveis e defendo também um estímulo financeiro como desconto nas contas de água e luz”, frisou Laércio.
Logo após falaram os vereadores, Mendes garantiu acatar projetos de lei do Governo Municipal que ajudem a solucionar a problemática do lixo e sugeriu o cercamento dos lixões com uso de telas, assim como o vereador Januário que também recomendou um mata-burro nas entradas. Josemário Brandão, Secretário de Governo, que também integrou a Mesa, garantiu o serviço logo mais. Deroaldo Júnior falou da responsabilidade de cada um na produção de lixo e também defendeu a educação em todo o processo de busca a uma solução para o lixo, além de propor uma comissão para dar continuidade à discussão dessa problemática. Maria da Paz relatou os problemas de lixo nas Agrovilas e indicou o trabalho dos agentes comunitários de saúde no processo e ainda ressaltou a importância de equipamento de proteção individual para os agentes ecológicos. Flamber Feitosa chamou atenção para a elaboração do Plano de Saneamento e expôs também o problema do lixo em Riacho Seco. Beto Araújo revelou que, atualmente, o trabalho com o lixo em local protegido vem sendo feito no Povoado de Pedra Branca e evidenciou a coleta de lixo nas Agrovilas iniciada somente esse ano e também lamentou a ausência de representantes da Secretaria de Educação. Jucileide Silva defendeu também a criação da Comissão para dar continuidade à discussão sobre o Lixo em Curaçá. Logo após, Theodomiro Mendes finalizou a Audiência agradecendo a participação de todos. (Informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curaçá)