Avanços da Educação ajudam Juazeiro a melhorar o IDHM

Anna Monteiro / SEDUC

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Juazeiro alcançou na última análise – que corresponde ao ano de 2010 – o IDHM de 0,677 e uma taxa de crescimento de 27,50% em relação a 2000. Parte desse salto deve-se aos avanços da Educação municipal, que melhorou todos os seus índices, como as taxas de aprovação, reprovação, abandono e IDEB, por exemplo. Segundo a pesquisa, entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi justamente a desse setor, seguida por Longevidade e Renda.

Para que a Educação pudesse avançar, a atual administração, ainda no primeiro mandato, elegeu quatro pilares como essenciais: valorização do professor; projetos pedagógicos; gestão democrática e recuperação da infraestrutura. O projeto deu certo e a melhoria do IDHM comprova os resultados desse trabalho. “Na verdade, quando assumimos o governo, definimos a política educacional e traçamos metas para a educação de Juazeiro. Elaboramos a Proposta Curricular da Rede Municipal de Ensino para a Educação Infantil e Ensino Fundamental, criamos instrumentos de gestão como Cadernos de Plano dos Professores, Cartazes de Frequência e Livros Lidos, Calendário de Planejamento mensal, e também implantamos um sistema de monitoramento de dados, que passou a nos permitir realizar intervenções pedagógicas em tempo real”, destacou a Diretora de Gestão Escolar, Sônia Passos.

Além disso, a Secretaria de Educação e Esportes apostou no processo de Formação Continuada, chegando a criar a primeira Escola de Formação de Professores da Bahia (EFEJ), e no aumento salarial do docente (que já chega a mais de 70%). Também investiu na aquisição de material didático básico e na compra de mais de 40 mil livros paradidáticos para o “É Hora de Ler”; na implantação de projetos de Correção de Fluxo e de Educação Complementar como o “Mais Educação”, “Segundo Tempo” e “Musicalização na Educação Infantil”; na inovação da climatização (que hoje atinge 38 escolas); na reestruturação física que estabeleceu um novo padrão de qualidade para a Rede Municipal, oferecendo espaço digno de ensino/aprendizagem; em projetos para a melhoria do Transporte Escolar, que até o momento beneficiaram a cidade com 18 ônibus e 02 lanchas; e na busca por parcerias junto ao Governo Federal, que contemplaram Juazeiro com 18 creches e 15 quadras poliesportivas cobertas.

A gestão de Isaac Carvalho também trouxe para Juazeiro outras conquistas, a exemplo da primeira eleição direta para escolha dos gestores da Rede Municipal de Ensino, autonomia financeira para as escolas através do PROAFE, implantação da primeira Escola de Tempo Integral do município, uma política de concessão de Licença-Prêmio transparente, abono tecnológico para o professor, incentivo a novas licenciaturas através da Plataforma Freire e ao ingresso em especializações, e aquisição de novos instrumentos pedagógicos para o educador, como as lousas interativas. A criação do programa “É Tempo de Voltar”, que resgatou alunos evadidos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ampliação do Brasil Alfabetizado, realização de jornadas pedagógicas, e apoio a projetos culturais, como “A Escola na Trilha Cultural”, que ajudou a mapear a cultura do povo juazeirense, também merecem destaque nesse cenário analisado pelo IDHM.

Quem trabalha hoje na Educação de Juazeiro sabe que ainda existem desafios, pois o setor no país ainda precisa de muitos avanços, mas o município tem dado passos largos em direção à qualidade tão desejada, que se refere, por fim, à aprendizagem do aluno. “A gente se sente feliz de poder contribuir de uma forma tão consistente para a melhoria do IDHM do município. Saber que nossas iniciativas, como a parceria com o Instituto Ayrton Senna que trouxe os programas de Correção de Fluxo ‘Se Liga e Acelera Brasil’ ajudaram a melhorar de 41,80% para 55,53% o número de alunos de 6 a 14 anos cursando o Ensino Fundamental regular na série correta, que a ampliação do Brasil Alfabetizado auxiliou a reduzir em 15,31% o analfabetismo na população de 18 anos ou mais e que todas as nossas iniciativas contribuíram para a diminuição do abandono e, consequentemente, para o aumento dos anos de estudo de 8,02 para 9,03, nos faz acreditar que nós estamos no rumo certo. Então, acho que esses índices devem ser comemorados”, avaliou o secretário de Educação e Esportes, Clériston Andrade.

 

Principais Índices do IDHM relativos à Educação

IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,212 0,369 0,594
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 23,74 33,88 51,14
% de 5 a 6 anos frequentando a escola 42,11 65,83 92,33
% de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental 21,53 48,51 81,42
% de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo 9,03 25,47 49,26
% de 18 a 20 anos com ensino médio completo 7,92 14,05 32,87

Crianças e Jovens

No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 40,26% e no de período 1991 e 2000, 56,33%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 67,84% entre 2000 e 2010 e 125,31% entre 1991 e 2000.

A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 93,40% no período de 2000 a 2010 e 182,06% no período de 1991 a 2000. E a proporção dejovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 133,95% entre 2000 e 2010 e 77,40% entre 1991 e 2000.

Em 2010, 55,53% dos alunos entre 6 e 14 anos de Juazeiro estavam cursando o ensino fundamental regular na série correta para a idade. Em 2000 eram 41,80% e, em 1991, 19,93%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 26,13% estavam cursando o ensino médio regular sem atraso. Em 2000 eram 11,43% e, em 1991, 3,35%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 8,99% estavam cursando o ensino superior em 2010, 3,57% em 2000 e 2,00% em 1991.

População Adulta

A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 15,31% nas últimas duas décadas.

Anos Esperados de Estudo

Os anos esperados de estudo indicam o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de referência tende a completar. Em 2010, Juazeiro tinha 9,03 anos esperados de estudo, em 2000 tinha 8,02 anos e em 1991 6,45 anos. Enquanto que a Bahia tinha 8,63 anos esperados de estudo em 2010, 7,28 anos em 2000 e 5,75 anos em 1991.

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