Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Centro Científico da União Europeia, esse cenário impactou negativamente os cursos d’água e a biodiversidade, sobretudo nas nascentes dos rios Purus, Solimões, Madeira e Juruá. Isso impacta a região centro-sul do estado do Amazonas e se estende até os países mais ao sul da floresta, como Peru e Bolívia.
No Amazonas, as chuvas apresentaram uma variação de 100 a 350 milímetros abaixo da média, o que equivale aproximadamente à metade do esperado para a região. Simultaneamente, o estudo do Centro Científico da União Europeia corroborou que, de agosto a novembro, uma sequência de ondas de calor elevou as temperaturas a um recorde para esse período, registrando máximas de 2°C a 5°C acima da média histórica.
Divulgado pelo governo amazonense, no último sábado, um novo boletim aponta que todas as 62 cidades do estado seguem em situação de emergência, com mais de 630 mil pessoas afetadas pela seca. Além disso, há também o risco para a fauna, a elevação no risco de incêndios e as dificuldades que as comunidades ribeirinhas têm com o transporte essencialmente hidroviário.
Para o ano que vem, há previsão de condições mais agravantes para a seca com o clima quente influenciado pela presença do El Niño, ou seja, o aquecimento das águas do Oceano Pacífico.