Bahia e Santa Cruz ficam no 1×1, pela CopaNE
Tudo igual no duelo dos tricolores baiano e pernambucano. Em dia de fatos raros – gol de Rhayner e golaço de Tiago Costa – Bahia e Santa Cruz empataram em 1×1 na segunda partida do Grupo B da Copa do Nordeste, na Arena Fonte Nova. O clube coral permanece na segunda colocação da chave.
A promessa era de um jogo rápido e mais técnico por conta da condição do gramado da Arena Fonte Nova. Velocidade realmente não faltou, mas a qualidade ainda estava aquém ao que merece o campo que será usado em partidas de Copa do Mundo. Muitos lançamentos agudos, investidas pelas laterais, mas o último passe ainda saia mascado. Que o diga Tiago Costa, ao avançar por três jogadores e tocar errado para Renatinho. Que o diga também Madson, no cruzamento que por pouco não achou Rhayner.
Se não dava certo na troca de passes, o jeito era apostar na correria. O Bahia tinha um perito no assunto. Rhayner era quem mais se movimentava no Tricolor de Aço. Mas a fama de perder gols deixava os tricolores baianos apreensivos e os pernambucanos tranqüilos. Afinal, o clube coral não ia ter sua rede balançada por ele. Mas teve. Ao cortar mal um cruzamento, Renan Fonseca deu um presente para Diego Felipe. O volante chutou colocado e Tiago Cardoso deu rebote. Rhayner, sem ângulo e de voleio, desviou para o fundo do gol.
O Bahia entrou sem um camisa 10 no jogo. A ausência de um armador era justamente sanada pelas ligações diretas, contando com a velocidade de Rhayner e Rafinha. O Santa Cruz, sem um camisa 9, sentiu a dificuldade em contar com um Caça-rato de pivô, que só conseguiu cavar faltas não aproveitáveis. A melhor (e única) grande chance coral no primeiro tempo caiu nos pés de Raul. Tiago Costa cruzou, a bola passou por Lomba e o camisa 20 do Santa, na pequena área, deu um tapa que tinha o endereço das redes. Raul, esse do Bahia, cortou com o joelho o que seria a igualdade no placar.
A falta de uma referência no ataque fez Vica promover a estreia de Léo Gamalho na vaga de Renatinho, além de sacar Caça-rato e colocar o também novado Cassiano. As mudanças trouxeram na prática um pedido que o técnico Vica tinha feito durante a semana. Os jogadores corais passaram a apertar a marcação no campo de defesa do Bahia.
Com mais posse de bola e precisando correr atrás do resultado, o Santa abdicou da postura de contra-ataque e se lançou ao campo ofensivo. E com um centroavante de referência, o time concentrou as jogadas de ataque em Gamalho. A tática deu certo. Foi do atacante o passe na medida para Tiago Costa encher o pé e fazer um golaço que deu um ponto final na primeira partida dos pernambucanos em uma Arena. (FolhaPE)