Bancários da Bahia decidem manter a greve
Mellyna Reis
Os bancários da Bahia decidiram seguir a orientação do comando de greve nacional e darão continuidade à paralisação por tempo indeterminado. Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (7), no Ginásio de Esporte dos Aflitos, em Salvador, os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta-feira (4).
A categoria agendou uma nova passeata para quarta-feira (10), às 16h30, que percorrerá as principais vias da região central da capital baiana. Na quinta-feira (10), uma nova assembleia será realizada, às 18h30, no ginásio.
Os bancários foram unânimes em recusar os 7,1% oferecidos pelos bancos, por entenderem a proposta como “um desrespeito”, considerando que os seis maiores bancos do País registraram um lucro líquido de R$ 30 bilhões no primeiro semestre. “Os bancos podem oferecer muito mais. A única saída é a radicalização da greve”, argumentou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia (Bancários-BA), Euclides Fagundes.
Na Bahia, greve afeta bancos públicos e privados (Foto: Mellyna Reis/NE10BA)
A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na semana passada elevou de 6,1% para 7,1% (aumento real de 0,97%) o índice de reajuste sobre os salários e para 7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%), além de propor alta de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cuja fórmula de cálculo será mantida.
Contudo, os trabalhadores reivindica um reajuste salarial de 11,93%, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, piso salarial de R$ 2.860,21, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), fim das metas e do assédio moral, além de mais contratações.
Fonte: NE10