Bancários decidem entrar em greve a partir do dia 19
Os bancários de Pernambuco decidiram em assembleia, na noite desta quarta-feira, decretar greve por tempo indeterminado. A paralisação está marcada para começar a partir da zero hora do próximo dia 19 (quinta-feira). Existem 12 mil bancários em Pernambuco e a greve deve atingir bancos públicos e privados.
Fabiano Félix, secretário geral do Sindicato dos Bancários, disse que a decisão foi unânime. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de aumento salarial de 6,1% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os bancários querem um reajuste de 11,93%, que leva em conta a inflação mais 5% de ganho real.
Confira a proposta da Fenaban
Reajuste
6,1% (previsão da inflação pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc)
PLR
90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado)
Parcela adicional da PLR
2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88
Adiantamento emergencial
Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo medico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho
Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa de programa
Adoecimento de bancários
Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos
Inovações tecnológicas
Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial
Confira a reivindicação dos bancários
Reajuste salarial
11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%)
PLR
Três salários mais R$ 5.553,15
Piso
R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)
Auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá
R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional)
Melhores condições de trabalho
Fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários
Emprego
Fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas
Carreira
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários em todos os bancos
Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós-graduação
Prevenção contra assaltos e sequestros
Fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários
Igualdade de oportunidades
Contratação de pelo menos 20% de negros e negras
(Diário de Pernambuco)