Beth Goulart aponta dificuldades, os impasses e a vitalidade do teatro
A carioca Beth Goulart conhece bem Brasília. Por aqui, estreou Simplesmente eu, Clarice em 2009 e, desde então, encarou temporadas na cidade com a peça na qual interpreta a escritora ucraniana/brasileira e que segue em cartaz, atualmente no Rio. Apesar da relação constante, ainda não teve a chance de participar do Cena Contemporânea, que ocupa todos os espaços cênicos da capital durante o mês de agosto: “Acompanho o festival, que prima pela busca de novas linguagens, algo que muito me interessa. A curadoria é muito cuidadosa”, elogiou.
Depois de convocar nomes conhecidos da cena local — como Marcus Mota, Hugo Rodas, o grupo Novos Candangos, Guilherme Reis, entre outros — para debater o panorama cênico da capital, o Correio ampliou a discussão para o nível nacional. Beth Goulart, que acumula 40 anos de palco, percorreu os principais espaços do país e conhece, como poucos, a realidade teatral brasileira. “Antigamente, não existia patrocínio. Íamos ao banco atrás de crédito e batalhávamos pelo público, que pagava a produção.” Uma época que era possível se dedicar exclusivamente ao palco: “O teatro era autossustentável. Hoje em dia, dependo da televisão, por exemplo, e agradeço a oportunidade de estar na tela”, comentou.
“Antigamente, não existia patrocínio. Íamos ao banco atrás de crédito e batalhávamos pelo público, que pagava a produção.” Uma época que era possível se dedicar exclusivamente ao palco: “O teatro era autossustentável. Hoje em dia, dependo da televisão, por exemplo, e agradeço a oportunidade de estar na tela”, comentou. (Correio Brasiliense)