Bolsonaristas pedem perdão depois de soltarem a franga em show da demônia

Opinião

A rainha do pop Madonna está tirando o sono dos políticos bolsonaristas depois de seu mega-show no Rio de Janeiro, no fim de semana passado. Aliás, é possível que lhes tenha tirado o direito de dormir desde antes, quando muitos podem ter passado a sonhar com seus decotes ousados, sua vida e obras transgressoras ou a imaginar como seria participar, dançar e cantar sem limites ao som de suas músicas e performances eróticas, que simulam sexo em variadas formas, sob o enorme risco de enfrentarem depois manifestações de reprovação de eleitores ou apoiadores, como está acontecendo.

Uns após outros, eles vêm tendo que dirigir mensagens aos seguidores pedindo perdão, entre outras concessões, por terem fraquejado e ido prestigiá-la. Prestigiá-la, aliás, não é bem o termo. Na verdade, na condição de autoridade, a maioria deve ter ganho convites ou comprado a preço de ouro ingressos para os camarotes vips em que assistiram ao evento porque não conseguiu resistir ao forte apelo prevaricador da estrela ou simplesmente porque cresceu curtindo seus hits, numa época em que não se imaginava que o bolsonarismo fosse emergir como elemento de controle político, social, moral e cultural no Brasil.

Mais do que isso, naturalmente, como forte fator de repressão sexual, algo que os depoimentos autoflagelantes que se assiste dos bolsonaristas pecadores arrependidos, recorrendo até à Bíblia na tentativa de se desculpar frente aos eleitores, não deixa mentir. Na verdade, o que se conta é que os políticos que, em público, fazem a linha “Deus, Pátria e Família”, lema plagiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo se denuncia, de lideranças fascistas, esquecendo-se de que estavam totalmente expostos, beberam todas, soltaram a franga e esbaldaram-se como se não houvesse amanhã.

Há relatos até de que um deles, conhecido do eleitorado baiano, teria aproveitado o momento catártico – para si e, provavelmente para outros iguais a ele – se inebriado e dançado, sem o menor pudor, na boquinha da garrafa, embora não se identifique uma canção, entre todos os sucessos da diva norte-americana, que se pareça nem de longe com o estilo que catapultou a Companhia do Pagode para o mundo! Bem como de que todos, absolutamente todos, isto é, os bolsonaristas, ao se unirem no frenesi proporcionado pelo espetáculo da capeta, estavam convictos de que não seriam notados nem reconhecidos.

Exatamente por isso, não teria sido a ressaca moral que, dias depois de executarem suas performances endemoniadas certos de que ninguém delas tomaria conhecimento, por mais vexatórias que fossem, os teria levado a repensar o motivo pelos quais resolveram se acotovelar para tentar brilhar naquele espaço satânico. Na verdade, o que pesou em suas consciências foi o medo de que, ao perceber lastimável fraquejo, a legião bolsonarista, formada por estes seres iluminados, absolutamente superiores aos demais eleitores, os abandonasse desde já, antes das próximas eleições. Misericórdia!

Por: Raul Monteiro

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