“Bolsonaro aposta na burrice alheia”, diz Ricardo Noblat

Jornalista diz que só não vê quem não quer a responsabilidade de Jair Bolsonaro no esquema de roubo de joias

Ricardo Noblat e Jair Bolsonaro
Ricardo Noblat e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)

O jornalista Ricardo Noblat lançou duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro em meio ao escândalo dos presentes recebidos por autoridades estrangeiras durante seu mandato. Noblat, renomado comentarista político, não poupou palavras ao questionar a conduta do ex-chefe do Executivo brasileiro em relação aos presentes de valor que recebeu e à polêmica envolvendo as joias roubadas do acervo da presidência da República.

“A essa altura, está mais do que provado que as joias roubadas do acervo da presidência da República foram levadas para ser vendidas nos EUA a bordo do avião que também levou Bolsonaro. Que, uma vez vendidas, foram recompradas pelo advogado de Bolsonaro e, pelo menos uma delas, o Rolex, entregue ao ajudante-de-ordem de Bolsonaro. E Bolsonaro insiste em dizer que não sabia de nada, nada autorizou e se nega a falar à Polícia Federal. Ele aposta na burrice alheia”, declarou Noblat.

A Polícia Federal recentemente revelou que o número de presentes de alto valor recebidos por Bolsonaro de autoridades estrangeiras é maior do que se sabia até o momento, totalizando pelo menos 18 itens. Esses presentes foram detalhadamente listados em um documento de 1.909 páginas, que faz parte de uma investigação em São Paulo sobre as joias entregues pelo governo da Arábia Saudita ao ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

A lista de presentes recebidos por Bolsonaro inclui uma ampla variedade de itens, desde bonés e camisetas até objetos de alto valor, como relógios, joias e esculturas. Algumas das peças chamaram a atenção da polícia e da opinião pública, levando a questionamentos sobre a legalidade da posse desses presentes.

Além disso, as investigações apontam que o irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Diego Torres Dourado, entregou ao tenente-coronel Mauro Cid uma mala com esculturas recebidas pelo ex-presidente do reino do Bahrein. Conforme a lei, presentes recebidos por governos estrangeiros devem pertencer ao Estado brasileiro e não podem ser incorporados ao patrimônio pessoal.

O escândalo dos presentes e a polêmica em torno das joias roubadas do acervo presidencial continuam gerando repercussão no cenário político brasileiro, enquanto Bolsonaro enfrenta críticas e questionamentos sobre sua conduta durante seu mandato como presidente do Brasil.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *