Mensagens do grupo de WhatsApp dos ajudantes de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), interceptadas pela Polícia Federal, revelam que o ex-presidente, preocupado com a possibilidade de envenenamento, levava malas contendo garrafas de água até mesmo em viagens internacionais.
Tenente Alencar, um dos membros do grupo, comunicou em setembro de 2021, ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que foi preso pela PF no início de maio, que uma das malas com garrafas de água mineral e água de coco não pôde ser embarcada no avião devido ao excesso de peso.
“Uma caixa não pôde ser embarcada no EscAV [Escalão Avançado] de Nova York devido ao excesso de peso. Contém água natural e água de coco para o consumo do PR [presidente]. Será que podemos fazer contato com o coronel Bacellar para tentar providenciar o embarque?”, perguntou o tenente Alencar a Mauro Cid, que autorizou a ação.
O temor de um possível envenenamento levava até mesmo os assessores do ex-presidente a provar as comidas antes que ele as consumisse. Durante o debate eleitoral na TV Globo, em 2022, Bolsonaro chegou a levar suas próprias garrafas de água, temendo um possível atentado.
Com informações da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles