Bolsonaro diz que Exército é âncora de seu governo e volta a exaltar generais da ditadura

“Nós nada fazemos sozinhos. A grande âncora do meu governo são as Forças Armadas”, afirmou o presidente da República

Redação
Foto: Reprodução/Facebook
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (9) que as Forças Armadas são a âncora de seu governo e que os militares o ajudarão a transformar o Brasil. O líder do Executivo brasileiro também voltou a exaltar nomes proeminentes do regime militar (1964-1985), como os generais Humberto Castelo Branco e Emílio Garrastazu Médici.

“Nós nada fazemos sozinhos. A grande âncora do meu governo são as Forças Armadas”, afirmou Bolsonaro em um almoço comemorativo da promoção de novos oficiais das Forças Armadas.

Durante o evento, Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa, reconheceu o “cuidado especial” que as Forças Armadas têm recebido do governo Bolsonaro e comemorou a aprovação do projeto de lei de reestruturação da carreira e da aposentadoria dos militares.

“Faltava preencher um vazio de décadas, resgatar o que temos de mais valioso: o militar e sua família. O projeto aprovado semana passada representou possivelmente o mais importante de 2019, corrigindo distorções, valorizando a meritocracia. Representou mais um esforço dos militares para o esforço fiscal do país”, disse o ministro.

O projeto manteve os militares como única categoria do país sem idade mínima para a aposentadoria e a única entre os servidores que continuará com aposentadoria integral. Além disso, os militares terão que contribuir com 10,5% dos salários para as aposentadorias, enquanto as demais categorias contribuem com 14%. As regras podem valer também para policiais militares e bombeiros estaduais.

O comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, também elogiou Bolsonaro por suas ações diante do que chamou de ameaças aos interesses nacionais.

“Ao longo desse primeiro ano, as ameaças aos interesses nacionais se apresentaram em diversas perspectivas. Entre tantos desafios estão instabilidade internacional, guerra cibernética, questões indígenas manipuladas, acessos ilegais a conhecimentos da nossa Amazônia, tráfico de drogas e armas, pirataria, desastres naturais e crimes ambientais”, disse o almirante.

Bolsonaro voltou a exaltar generais que comandaram o país durante o período mais repressivo da História do Brasil, citando o fato de a ampliação dos limites da costa brasileira e da criação da Zona Franca de Manaus terem sido feitas durante o período militar.

“Quando se fala em Amazônia Azul, devemos a passagem de 12 para 200 milhas do nosso mar territorial ao nosso eterno presidente Emílio Garrastazzu Médici. Quando se fala em Amazônia, também vem em nossa mente a Zona Franca de Manaus. Devemos a mesma ao nosso presidente Marechal Humberto de Alencar Castello Branco. Feito isso, nos permite dizer que a Amazônia é nossa”, afirmou.

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