A reaproximação entre Nunes e Bolsonaro ocorre no dia da divulgação de uma pesquisa Datafolha que mostra o prefeito na liderança da disputa, com 27% das intenções de votos, empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (Psol), que tem 25%. Marçal aparece com 19%. Pessoas próximas ao ex-presidente afirmam que ele só teria percebido o erro de fazer o jogo duplo com o ex-coach nas manifestações de 7 de setembro, quando o candidato do PRTB tentou dividir ainda mais a base bolsonarista.

Antes mesmo do início da disputa, Bolsonaro afirmou que Nunes “não era o candidato dos sonhos” dele, e fez sinais para Pablo Marçal. Com esse movimento, a campanha do prefeito passou a se aproximar do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos). Tarcísio entrou de vez na campanha e passou a aparecer nas propagandas de rádio e televisão.

Com os números da última pesquisa Datafolha, os bolsonaristas viram um freio no avanço de Marçal. Além disso, entrou em jogo o pastor Silas Malafaia, que publicou vídeos nas redes sociais em que critica o ex-coach. Nesse contexto, a campanha de Nunes avalia que a “trapalhada” de Bolsonaro acabou beneficiando o prefeito.