Bolsonaro repete Collor e já tem palanque em Pernambuco

Bolsonaro ainda não definiu quem será seu candidato ao Governo de Pernambuco

Segundo colocado nas pesquisas como candidato a presidente da República, o deputado Jair Bolsonaro repete a trajetória de Fernando Collor quando foi candidato ao mesmo cargo em 1989. Tem palanque garantido hoje nas principais cidades de Pernambuco, mesmo pertencendo a um pequeno partido (PSC) e decidido a trocá-lo pelo PSL que tem como presidente nacional o pernambucano Luciano Bivar. Além disso, já tem porta-voz na Assembleia Legislativa, Joel da Harpa, e um aliado na bancada federal – o próprio Bivar. Que o acolheu no PSL após desistir da filiação ao PEN/Patriotas. É certo que Collor teve de saída o apoio de Joaquim Francisco, então prefeito do Recife e à época filiado ao PFL. Mas como se tratava de “eleição solteira” (apenas para presidente da República), estrutura partidária teve pouca influência naquela eleição. O que contou mesmo foi o desejo espontâneo do eleitor de votar nele, que se apresentava como um candidato reformista e disposto a acabar com a corrupção e os privilégios que existiam (e ainda existem) no Brasil. Bolsonaro também transita por aí. Não que queira ser o “Collor dois” mas porque as circunstâncias das duas eleições guardam algumas semelhanças. Falta definir ainda quem será o seu candidato ao Governo do Estado, mas disto o processo se encarregará.

Nos braços do bolsonarismo

De origem esquerdista, o ex-prefeito de Olinda, José Arnaldo Amaral, é o mais novo aliado de Bolsonaro em PE. Filiou-se ao PSL e de pronto se ofereceu para coordenar a campanha dele no município. Hoje militando na advocacia, o ex-prefeito fez a travessia da esquerda para a direita por ter-se decepcionado com o PT (no governo do Brasil) e o PCdoB (no governo de Olinda). (Inaldo Sampaio)

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