Nas voltas que o futebol dá, Keisuke Honda fez o segundo gol da vida em território pernambucano. Há seis anos, foi na derrota do Japão para a Costa do Marfin pela Copa do Mundo. Neste domingo, o tapa certeiro foi fundamental para a vitória por 2 a 1 sobre o Sport, pelo Brasileirão.
Foi o segundo gol do japonês desde que chegou ao Botafogo, o primeiro na Série A. A bola na rede premiou a sequência recente de boas atuações de Honda, que tem aparecido mais com os ajustes táticos de Bruno Lazaroni. O treinador do Botafogo, inclusive, está invicto desde que foi efetivado: são duas vitórias e um empate.
A sequência coincide com a produção ofensiva de um parceiro de Honda no meio-campo: Caio Alexandre. Ele balançou as redes pelo terceiro jogo seguido. Desta vez, sem precisar pegar rebote de falta mal batida.
O triunfo fora de casa não só mostrou um Botafogo bem organizado, mas resiliente frente à expulsão de Rafael Forster, que fez o time atuar com 10 desde os sete minutos da etapa final. Como efeito imediato, Thiago Neves, de cabeça, diminuiu o placar.
Mas esse enredo da vitória colabora para um descolamento do Botafogo em relação à zona de rebaixamento. A distância é de três pontos. O embalo desde a saída de Paulo Autuori levou o time aos mesmos 18 pontos do Vasco —a ressalva é que o rival tem um jogo a menos. Na próxima rodada, a missão é fora de casa, contra o Grêmio.
Além do fato de ter ficado com um a menos, a tensão para o lado botafoguense aumentou com a chance de repetição do enredo do jogo contra o Palmeiras. O árbitro chegou a ir ao VAR para verificar um possível pênalti de Rhuan. Mas a interpretação, em campo e à beira dele, foi que o jogador recolheu o braço e não quis ampliar a área do corpo para interceptar o cruzamento.