Britânica luta para preservar espermatozoides de marido morto

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Uma mulher está tentando impedir na Justiça britânica que espermatozoides congelados de seu marido falecido sejam destruídos.

A Autoridade em Fertilização e Embriologia Humana na Grã-Bretanha (HFEA na sigla em inglês) disse à Beth Warren, de 28 anos, que o esperma não poderá ficar estocado além de abril de 2015.
Seu esperma tinha sido congelado em 2005, antes dele receber tratamento para a doença, e ele deixou claro que sua mulher poderia usá-lo depois de sua morte.Seu marido, Warren Brewer, um instrutor de esqui, morreu de um tumor no cérebro aos 32 anos em fevereiro de 2012.

“Eu entendo que é uma decisão importante ter um filho que nunca vai conhecer o pai”, disse Beth Warren, que adotou o nome do marido como sobrenome após sua morte.

“Não posso tomar essa decisão agora, e preciso de tempo para reconstruir minha vida. Eu posso optar por nunca dar andamento ao tratamento, mas quero ter a liberdade de decidir quando não estiver mais de luto.”

Inicialmente, a informação dada à Warren foi de que o consentimento dado por seu marido expirou em abril de 2013, mas em seguida foi estendido por dois anos.

Injustiça

Seu advogado, James Lawford Davies, disse que a lei que regulamenta a preservação e uso de esperma, de 2009, é inconsistente.

De acordo com a regulamentação, os gametas podem ser armazenados por até 55 anos, desde que a pessoa que forneceu o esperma ou o óvulo renove o seu consentimento a cada dez anos.

Mas pacientes mortos não podem renovar seu consentimento, criando um prazo curto de armazenamento.

“Senso comum diz que ela deve ter tempo para se recuperar da perda do marido e do irmão, e não ser forçada a tomar uma decisão tão importante nesse momento de sua vida.”

O esperma tem que ser usado até abril de 2015, mas se fosse descongelado e usado para criar embriões, esses poderiam ser guardados por mais sete anos.

O tempo limite também significa que Warren poderia usar o esperma para criar apenas um filho, e não um segundo.

O caso será julgado no ano que vem.

Fonte: BBC Brasil

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