“Cadeia neles”, diz Lindbergh, após a revelação da espionagem feita por Bolsonaro e Ramagem contra aliados e opositores
Para Lindbergh, o governo Bolsonaro tentou instituir um Estado policial atemorizante
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) lançou duras críticas ao governo Bolsonaro após a revelação de um esquema de espionagem que, segundo ele, representa um dos maiores escândalos da história da República. Em uma postagem contundente, o político destacou a gravidade das ações, apontando para uma “Abin paralela” que teria sido criada com o intuito de espionar opositores e dissidentes.
“A espionagem criminosa que o governo Bolsonaro implantou com a ‘Abin paralela’ é um dos maiores escândalos da história da República. Inacreditável”, escreveu Lindbergh em suas redes sociais. Segundo suas informações, essa suposta organização clandestina, liderada por figuras como Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, teria como alvo não apenas membros da oposição, mas também dissidentes dentro do próprio governo e outras personalidades do cenário político nacional.
Entre as vítimas apontadas pelo deputado estão ex-ministros, parlamentares, influenciadores e até mesmo governadores. A lista de pessoas supostamente espionadas inclui nomes como Abraham Weintraub, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, Kim Kataguiri, Renan Calheiros, Simone Tebet, Omar Aziz, Camilo Santana e Alexandre Frota, entre outros.
Para Lindbergh, o governo Bolsonaro tentou instituir um Estado policial atemorizante, que remete aos tempos sombrios do SNI (Serviço Nacional de Informações), durante a ditadura militar. Ele ressalta que a democracia brasileira enfrenta uma das maiores ameaças desde o fim do regime autoritário, e argumenta que não há espaço para complacência diante de ações que atentam contra os fundamentos democráticos do país.