Câmara impede votação de projetos para prejudicar administração Lossio
Da Redação
O clima esquentou mais uma vez na Casa Plínio Amorim na manhã de terça-feira (24). Dessa vez a o bate boca foi entre o líder governista Pérsio Antunes (PMDB) e a Presidente da mesa diretora Maria Helena (PSB). O líder governista disse que os projetos e pareceres estão demorando de serem apreciados na Casa, dando a entender que seria uma manobra política para atacar o governo Júlio Lossio (PMDB) nesse período eleitoral, por outro lado a presidente alega que demora de chegar a Câmara Municipal as informações solicitadas.
Repetindo o discurso da ‘ditadura’, Pérsio declarou que está sendo impedido de falar. “Eu estou sendo impedido de falar, quando não é a vereadora Maria Elena é a colega Márcia Cavalcanti (PSD). Nós temos projetos aguardando 180 dias para serem apreciados e os vereadores ficam segurando para prejudicar politicamente o prefeito Julio Lossio. Aqui há uma ditadura e o povo de Petrolina precisa abrir os olhos que a Câmara está atrapalhando os trabalhos do executivo”, denunciou.
Para justificar seus comentários, o líder falou sobre projeto para o fracionamento dos terrenos do Terras do Sul, por exemplo, está parado há 50 dias. “Querem desacelerar o processo de regularização fundiária no município. Estão fazendo politicagem na Casa”.
Diante das provocações, a presidente Maria Elena ‘bateu nos peitos’, literalmente e desafiou o executivo a provar que há uma intenção de prorrogar a aprovação dos projetos e alegou que o vereador Pérsio Antunes estaria provocando discussões. “As informações não chegam a esta casa, que não é subserviente ao Executivo e em nome do bom censo estamos tentando um bom diálogo”.
Revoltada, Maria Elena alegou que o vereador estaria provocando discussões. No meio da sua fala, a vereadora disparou. “Por favor, Dr. Pérsio, se cale, o momento é meu (…) Morra do coração, mas a presidente desta Casa sou eu. Provocação essa mesa não aceita, com Maria Helena é diferente”, rasgou o verbo.
Por sua vez, o líder governista respondeu que não iria usar mais a tribuna e acabou se retirando da sessão. “Muito obrigada e até a próxima sessão, ninguém tem respeito a mim e não vou respeitar a ninguém, isso não é uma democracia e sim falta de respeito”, arremessou.