Campanha de enfrentamento ao abuso e a exploração sexual crianças e adolescentes 2015
Blitz e caminhada de sensibilização marcaram o ‘18 de maio’ na cidade de Curaçá
“Proteger é preciso”. Foi com esse lema que aconteceu, nessa segunda-feira, em Curaçá, a Campanha de enfrentamento ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Houve blitz e caminhada pelas ruas da Cidade, reunindo centenas de pessoas. A realização é da Secretaria Municipal de Ação Social e Cidadania (SMASC), por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS); do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do Conselho Tutelar.
A partir das 8h30, assistentes sociais, enfermeiros, conselheiros tutelares, educadores e agentes comunitários de saúde e toda a Rede Socioassistencial já estavam concentrados em frente ao Mercado Municipal, realizando uma blitz. Motoristas e motoqueiros eram parados e recebiam folhetos e adesivos com informações a respeito da Campanha. De acordo com a Secretária da SMASC, Juçaria Brandão, o objetivo é conscientizar a população a enfrentar e denunciar o abuso e a exploração sexual em crianças e adolescentes. “O Artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, nos lembra que todos precisam estar engajados nessa luta; proteger é preciso. Vale lembrar que esse não é um dia de celebração, mas sim de protestos, pois há 42 anos uma menina capixaba de apenas 8 anos, chamada Araceli, foi raptada, espancada e estuprada até a morte. Foi então que se criou a Lei Federal 9.970/2000, que constituiu o 18 de maio, onde são feitos diversos manifestos em nosso país”, frisou Juçaria. O Coordenador do CREAS, José Carlos Menezes, enfatizou que a participação de toda a sociedade é essencial. “Uma média de 70% dos crimes de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes acontecem dentro das casas e geralmente são praticados por pessoas próximas, como vizinhos, tios ou até mesmo os pais. E isso torna o crime difícil de ser identificado. Dessa forma, quando a população se engaja nessa causa e começa a denunciar, facilita a atuação dos órgãos públicos”, explicou.
Já no período da tarde, às 15h30, o Evento teve continuidade na Praça Monsenhor José Gilberto Luna (Pç. do H), onde houve apresentação do grupo de Capoeira ‘Redimidos’ e concentração para uma grande caminhada, com a participação de educadores e estudantes das redes municipal e estadual e também de escolas particulares; além de entidades religiosas, a exemplo do Conselho de Ministros Evangélicos de Curaçá (Comec) e ainda o Grupo RDB Brincantes e da população em geral. Com o recurso do carro de som, os participantes orientavam sobre o tema. “As denúncias de abuso e exploração podem ser realizadas pelo disque 100 e não precisa se identificar; como também no CREAS, no Centro de Referência de Assistência Social, no CRAS, no Conselho Tutelar, no Ministério Público ou na Polícia Militar”, disse o Conselheiro Tutelar Emerson Leitão. “Não podemos nos calar, pois o silêncio também é crime. Fiquemos atentos aos sinais; uma criança abusada sexualmente pode apresentar um comportamento agressivo, timidez, medo, choro sem causa ou pode ter dificuldades de relacionamento, durante a vida adulta”, lembrou a Presidente do CMDCA, Elieusina Rodrigues. A população aprovou a iniciativa. “É a terceira vez que participo da Campanha e essa orientação é importante para que as crianças e adolescentes sejam protegidos”, disse Geová Oliveira. Também apoiaram o Movimento: as secretarias de Governo; Administração e Finanças; Desenvolvimento Rural; Educação, Cultura e Desporto; Saúde e Infraestrutura. A caminhada foi finalizada por volta das 17h.
Informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curaçá