Ao portal g1, a mãe da criança contou que o filho dela começou as aulas na escolinha CT de Flávio há dois meses e, desde então, ia com a menina ao local para assistir ao garoto jogar. Ainda segundo a mulher, sempre que compareciam aos treinos, Flávio oferecia bichos de pelúcia para sua filha. No dia do ocorrido, o professor teria abordado a menina sozinha.
“Nesse dia, ele abordou ela sozinha, no momento em que ela passou na frente dessa sala. Ela entrou, e a irmã dele [do professor], que trabalha na cantina, percebeu que ela estava lá dentro sozinha com ele e disse que ia me chamar para ajudar a escolher um ursinho. Eu fui, ela estava muito indecisa, e ele disse: ‘Tá vendo que não precisava chamar a mamãe? Pode voltar para assistir ao jogo, ela não está me dando trabalho nenhum, pode ir”, contou a mãe ao g1. Segundo a mulher, a vítima só teria falado sobre o acontecido no dia seguinte.
Procurado pela Folha de Pernambuco, o advogado responsável por fazer a defesa de Flávio, Marcelo Tigre, relatou que só teve acesso aos autos da investigação nesta terça-feira (28). Além disso, lamentou a exposição ao seu cliente.
“A gente não abandona a premissa que é uma presunção de todo mundo de ser tido como inocente, até que seja provado o contrário. Vamos trabalhar de forma efetiva para demonstrar que isso não ocorreu da forma que está sendo dito. Lamentamos a exposição de algo que deveria está acobertado por um segredo de justiça, até para não estigmatizar as pessoas envolvidas, seja o acusado ou a vítima. Todos merecem esta proteção”, salientou.
À reportagem, através de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou “que o caso segue sob investigação por meio do Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente – DPCA. As diligências especiais seguem em andamento. Mais detalhes não podem ser repassados para a imprensa por envolver menor de idade”.