Cantor ícone dos anos 80 enfrenta grave problema de saúde e faz apelo
Por Vitória Oliveira
O Carnaval de Salvador, com sua energia contagiante e ritmos vibrantes, é um dos maiores espetáculos do mundo. Entre os anos 1980 e 1990, um nome que brilhou intensamente foi o do cantor Isnaldo Alves Novais, conhecido como Índio. Hoje, aos 64 anos, ele enfrenta uma situação delicada, tanto de saúde quanto financeira, e faz apelo emocionado.
Ao Bnews, ele contou a sua trajetória e desafios. “Passei pela banda Made in Bahia, cantei no Carnaval, puxei o bloco Tiete Vips do Corredor da Vitória a Praça Castro Alves nos anos 80 e 90”, relembra, com saudade, o artista que fez multidões cantarem e dançarem ao som de sua voz.
Em 2025, celebram-se os 40 anos do AXÉ, gênero que revolucionou a música baiana e colocou Salvador no mapa da música mundial, a história de Índio destaca os altos e baixos de uma carreira dedicada à arte. Sua interpretação da música “Revoluções”, uma composição de Sinho e Sérgio, ambos moradores do Nordeste de Amaralina, foi um marco que consolidou seu lugar entre os grandes nomes do Carnaval. Após anos de sucesso, o cantor agora enfrenta desafios que contrastam com os dias de glória.
Hoje me encontro em uma situação de saúde muito delicada por algumas deficiências. Tenho trombose nas duas pernas, problema de coluna, diabetes e estou desempregado. Depois de ter viajado o Brasil todo fazendo o meu trabalho, os meus shows, passo por essas dificuldades”, desabafa o cantor, que está em casa, no Espírito Santo, se recuperando após um período de internação.
Índio descreve com detalhes o impacto que sua condição tem sobre sua vida: “Sou restrito porque a trombose é uma enfermidade que não permite ficar muito tempo sentado ou caminhando. Minhas atividades estão paradas e eu estou aqui precisando de uma série de coisas”. Apesar das dificuldades, ele não perde a esperança: “Queria dizer para vocês que não é fácil, mas tenho muita fé que as coisas irão tomar outra direção. Estou aqui para melhorar e voltar a fazer o meu trabalho, cantar e alegrar as pessoas”.
Com 64 anos, o cantor também reflete sobre as dificuldades de retornar ao palco em sua idade e condição. “Chegar aos 64 anos para fazer um trabalho musical é muito difícil, mas estamos aqui. Pretendemos voltar à ativa e Deus está no controle de tudo”, afirma com esperança.