Cargos de Confiança são mais da metade do quadro de funcionários em 5 ministérios
Da Redação
A mais nova descoberta na Administração pública federal é o número exagerado dos cargos de confiança, aqueles de livre nomeação e livre exoneração, segundo a lei. Levantamento feito nos registros oficiais constataram que mais de 50% do quadro de funcionários se concentram em cinco ministérios: Nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Esporte, da Pesca, do Desenvolvimento Social e de Minas e Energia.
Ao todo, o governo federal conta com 22,2 mil cargos dos tipos DAS (Direção e Assessoramento Superiores) e NES (Natureza Especial), cujos ocupantes podem ser escolhidos livremente pelo poder político. Mais da metade desse total está na administração direta dos ministérios, alvo do levantamento. O restante está na Presidência da República, nas autarquias e nas fundações. O levantamento também constatou que todo esse pessoal está dividido entre funcionários premiados pelo desempenho, especialistas recrutados na iniciativa privada, militantes partidários e apadrinhados de ministros, deputados e senadores.
Outro dado curioso é que o excessivo quadro de pessoal aponta para ministérios criados na base do improviso, mais para abrigar aliados do que para conduzir políticas públicas. Eles não contam com carreiras próprias de servidores concursados.
Uma exceção pode vir a ser o Desenvolvimento Social, criado no governo Lula para tocar o Bolsa Família. A pasta recebeu neste ano a primeira leva de servidores de uma carreira especializada, a de analista técnico de políticas sociais, com salário inicial na casa dos R$ 5.000.
A administração federal conta com 24 ministérios e outros 15 órgãos cujos titulares são chamados de ministros. A remuneração mensal dos cargos DAS varia de R$ 2.152 (DAS 1) até R$ 12.042 (DAS 6). Servidores públicos nomeados podem acumular os salários e a remuneração pelo cargo de confiança, dentro de limites fixados na legislação.
Informações: Folha de São Paulo