Durante a operação, as autoridades apreenderam uma série de itens nos locais relacionados aos alvos, incluindo dezenas de veículos de luxo, relógios de alto valor, armas de fogo, munições, celulares, roupas e bolsas de grife, além de uma quantia significativa em dinheiro em espécie. Mas o que acontece com todos esses itens após serem apreendidos?
Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, o advogado criminalista Philip Peeters explicou o que ocorre com os itens apreendidos em operações policiais dessa natureza.
De acordo com Peeters, nesses casos, os itens apreendidos inicialmente ficam sob a custódia do Judiciário. A Polícia Civil é responsável por catalogar e fazer o inventário dos bens antes de encaminhá-los para o destino apropriado.
“Em linhas gerais, pensando nesse tipo de processo, todos esses itens, eles são apreendidos e, a priori, vão para um sistema de guarda do Judiciário. A Polícia Civil faz a busca e apreensão de todos os bens, catalogando todos os itens e fazendo um inventário sobre eles. Depois, é feita a emissão de posse para um depositário fiel, ou os itens vão para o pátio da própria Polícia Civil, ou a Justiça os encaminha para um lugar de guarda”, disse.
Ainda segundo o advogado, durante o andamento do processo, os advogados podem solicitar a liberação dos itens. Diversos fatores serão analisados, e será necessário comprovar a origem dos bens.
“Durante o curso da investigação, é muito complicado tentar reaver esses bens. Quando o processo criminal avança, os advogados solicitam a liberação dos bens por meio de uma petição. Nessa etapa, vai se verificar perante a Justiça o que é realmente de origem lícita ou não. Se for necessário, terá que apresentar notas fiscais e justificar que a compra não foi feita com dinheiro de lavagem de dinheiro. Caso não se consiga comprovar, os itens ficam à disposição da Justiça e, eventualmente, podem ser leiloados”, explicou.
Veja alguns itens dos influenciadores: