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A ex-primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, que foi condenada pela morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de apenas 5 anos, entrou com ação por danos morais para cobrar R$ 50 mil de indenização da atriz Luana Piovani. O caso tramita na Justiça de Pernambuco.
A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pelo Diario de Pernambuco neste domingo (9). No processo, movido no dia 21 de novembro de 2024, Sari alega que Luana Piovani feriu “sua honra e dignidade” e “incitou violência” em vídeos publicados no Instagram.
Na ação, ela contesta publicações e repostagens que a atriz fez no ano passado, logo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspender uma reclamação trabalhista movida por Mirtes Santana, mãe de Miguel e ex-funcionária de Sari. Luana Piovani tem mais de 5 milhões de seguidores na rede social.
Em um dos vídeos, a atriz afirma: “Eu tenho dois problemas sérios com o governo de Pernambuco. Primeiro que até hoje não resolveu o problema da Mirtes. Eu quero saber até quando a gente vai ficar aqui botando hashtag #justiçapormiguel, até quando essa mulher vai ficar aqui falando que o filho dela foi assinado por uma branca, privilegiada, rica, que o marido é um corrupto porque era prefeito de uma cidade que nem morar ele mora, e ela agora tentando cursar medicina”.
À Justiça, Sari alega que esse e outros post lhe causaram prejuízo. “Vale também salientar que assassino é, de acordo com o senso comum, indivíduo que cometeu homicídio. Contudo, a autora nunca recebeu condenação por esse tipo penal e, atualmente, encontra-se em estado de inocência”, diz, na ação.
“Logo, ao expor para milhões de seguidores a adjetivação de assassina, reforça o sentimento do público de que há impunidade (quando esta inexiste)”.
A defesa de Luana Piovani ainda não se manifestou nos autos.
Caso Miguel
Miguel, que estava aos cuidados de Sari, morreu após ser deixado sozinho e cair do 9º andar, a uma altura de 35 metros, em um prédio do centro do Recife. O episódio aconteceu em junho de 2020.
Apesar de ter sido autuada em flagrante, Sari pagou fiança e permaneceu em liberdade. Em 2022, ela foi condenada a oito anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte.
A ex-primeira-dama de Tamandaré, no entanto, teve direito a recorrer da sentença em liberdade. No ano seguinte, em 2023, desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiram reduzir a pena de Sari para sete anos de prisão em regime fechado