Ceará lança campanha de vacinação antirrábica animal
O Ceará lança, nesta sexta-feira (27) a Campanha de vacinação antirrábica animal 2013. A solenidade, que tem organização da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), acontece pela manhã, na praça da Cruz Grande, no Bairro Serrinha, em Fortaleza.
Deverão ser vacinados somente cães e gatos sadios, a partir dos três meses de idade. Os filhotes vacinados pela primeira vez deverão receber dose de reforço após 30 dias. A campanha mobilizará cinco mil pessoas e terá três mil postos de vacinação fixos e volantes, para vacinação na zona rural, em todo o Estado, funcionando das 8 às 17 horas. No Dia D a Ouvidoria da Secretaria da Saúde do Estado, que atende pelo número 0800 275.1520, estará de plantão para prestar informações sobre a campanha e locais de vacinação em Fortaleza. A campanha de vacinação vai até o dia 28 de outubro.
A meta estadual de vacinação é 1.711.481 animais ( 1.128.708 cães e 582.773 gatos). Na última campanha de vacinação antirrábica no Ceará, encerrada em dezembro do ano passado, foram vacinados 1.678.611 animais, com o Estado superando a meta de cobertura. Chegou a 86,41%. Para a vacinação contra a raiva, o Governo Federal distribui a vacina em todo o Brasil e as campanhas são organizadas pelos Estados e municípios de acordo com a necessidade.
A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A taxa de letalidade entre humanos é próxima de 100%. Nos últimos oito anos, desde 2005, foram confirmados cinco casos de raiva humana no Estado. Em apenas um caso a transmissão foi através de cão. Os outros quatro tiveram transmissão por meio de soins em São Luís do Curu, Camocim, Ipu e Jati. Os soins são animais silvestres, devem ser mantidos na mata. O caso de raiva foi transmitido por um cão foi registrado em Chaval. Em 2003, os sete casos de raiva humana registrados no Estado ocorreram por transmissão canina.
Além da vacinação dos animais domésticos, as secretarias de saúde dos municípios devem ser acionadas para capturar os animais de rua que podem portar a doença. Nas cidades, a presença de morcegos deve ser notificada aos departamentos de zoonoses. Em caso de cão raivoso, há uma mudança comportamental que chama bastante a atenção. Um cão dócil começa a atacar todas as pessoas sem motivo, rejeita inclusive a alimentação. Começa também a se esconder, parece desatento e, às vezes, não atende ao próprio dono. A vacinação é a única forma de evitar que animais domésticos contraiam raiva e transmitam a doença para humanos e não tem contraindicações. (Leonardo Heffer/NE10)