Cenário complicado

Blog do Kennedy

Os prefeitos que assumem seus cargos  encontrarão desafios semelhantes aos dos governadores. Estados e municípios vivem a chamada crise fiscal, que basicamente é a falta de dinheiro para fechar as contas públicas.

Os novos prefeitos tomam posse em plena recessão e deverão ter dificuldade para cumprir as promessas eleitorais e manter a saúde do caixa.

Em São Paulo, por exemplo, João Doria já começa sua gestão mantendo congeladas a tarifa de ônibus (o bilhete de uma viagem). O governador Geraldo Alckmin também manteve inalterado o preço da passagem de metrô e do trem.

Ou seja, os dois tucanos deixam a responsabilidade fiscal em segundo plano e repetem um erro que já deixou outros prefeitos e governadores em apuros. Congelar o preço de uma passagem de ônibus ou metrô e aumentar o preço do bilhete integrado é uma decisão que prejudica aqueles que mais usam o transporte público.

João Doria e equipe demonstram visão elitista e marqueteira a respeito da administração de São Paulo. A secretaria de Direitos Humanos de Doria, Patrícia Bezerra, deu exemplo dessa visão ao falar da ordem para que a equipe do novo prefeito vista uniforme de gari  a fim de dar início ao projeto “Cidade Limpa”.

Patrícia Bezerra afirmou: “O prefeito nos conclamou a tirar essa coisa de vestal de secretários e descer num patamar abaixo para se humanizar e se colocar no lugar do outro”. Enxergar garis “num patamar abaixo para se humanizar” diz tudo sobre a filosofia que será implementada na gestão da maior cidade do país.

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