O Painel, da Folha informa que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, criou um impasse e acirrou ânimos no STF ao impor censura à Folha e cassar decisão de Ricardo Lewandowski que autorizara entrevista de Lula à Folha e ao jornalista Florestan Fernandes Jr.
Dias Toffoli, presidente do STF, passou a manhã de sábado (29) telefonando aos colegas para tentar evitar uma guerra de despachos monocráticos. Um dos juízes classificou o episódio como “um festival de equívocos lamentável”.
Dois ministros alegaram à coluna que Fux não tinha atribuição para decidir o caso. Disseram também que o partido Novo, que pediu o veto à entrevista, não tem legitimidade para apresentar pedido de suspensão de liminar, mas somente a Advocacia-Geral da União e a Procuradoria-Geral da República.
Além disso, o pedido foi endereçado ao presidente do STF. Toffoli não estava em Brasília, mas estava no Brasil. Tinha, portanto, jurisdição para atuar.
Lewandowski teria ficado profundamente irritado com Fux. Ele disse a outros ministros que o colega usurpou competência da presidência do Supremo e adotou expediente teratológico para reverter sua ordem —que não era uma liminar, mas decisão de mérito.