Centro Cultural São Paulo exibe documentários de Eric Rohmer

A mostra Rohmer – O Homem e Suas Imagens, em cartaz no Centro Cultural São Paulo (CCSP), reúne uma série de documentários didáticos produzidos pelo Centro Nacional de Documentação Pedagógica (CNDP). As produções fazem uma reflexão sobre a arte, o belo, a condição humana e o papel das imagens. Até o dia 23 deste mês serão exibidos oito documentários, todos dirigidos no período de 1964 a 1969 pelo cineasta Eric Rohmer (1920–2010).

Rohmer passou a ser conhecido quando seu quarto filme, Minha Noite com Ela, de 1969, foi indicado à Palma de Ouro em Cannes e ao Oscar de melhor roteiro original. Ele já havia dirigido dois longas-metragens antes – O Signo do Leão e A Colecionadora, que ganhou o Prêmio Especial do Júri em Berlim, e alguns curtas.

Eric Rohmer, ou Maurice Schérer, seu verdadeiro nome, iniciou a carreira como crítico de cinema antes do aparecimento da revista Cahiers du Cinéma, mas ganhou destaque ao começar a escrever para ela, passando a ser seu editor de 1963 a 1975.

Além dos documentários produzidos para televisão, a mostra exibe os longas-metragens Os Amores dePercevalo Gaulês (1978), O Agente Triplo (2004) e Astrée e Céladon (2007). A exposição é uma parceria do Centro Cultural, da Secretaria Municipal de Cultura e da Vai e Vem Produções Culturais, com o apoio da Embaixada da França, Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, do Institut Français e Centre Nacional de Documentation Pédagogique (CNDP).

A curadora associada de audiovisual do CCSP, Letícia Santinon, explicou que o interessante da mostra é o ineditismo dos filmes no Brasil. “São filmes pouco conhecidos para o público brasileiro e que foram feitos exclusivamente para a televisão francesa. Outros só são conhecidos por pessoas que tiveram contato com o cinema francês”. Outro ponto de destaque é que além dos filmes de Rohmer, serão exibidas produções de autores que o cineasta admirava e sempre citava em suas entrevistas como referências à sua arte. “Serão seis longas de Roberto Rossellini, Jean Renoir, Joshua Logan e F.W. Murnau”. (Agência Brasil)

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