Chavões de Bolsonaro não elegem presidente

Bolsonaro convidou o economista Paulo Guedes para assessorá-lo, mas nada aprendeu sobre economia

Bolsonaro surgiu na cena política deste ano como um fenômeno eleitoral. Capitão do Exército reformado, elegeu-se cinco vezes para a Câmara Federal pelo Estado do Rio de Janeiro defendendo o ideário do golpe militar de 64. Ao se colocar como candidato a presidente da República, rapidamente aproximou-se dos dois dígitos na preferência do eleitorado, perdendo apenas para Lula que está na primeira colocação, embora seja também o candidato mais rejeitado. Como não entende patavina de economia, o deputado convidou o economista Paulo Guedes para orientá-lo nessa área, mas até agora nada aprendeu sobre a conjuntura econômica nacional. Nas entrevistas que dá todos os dias, tem sempre uma frase de efeito na ponta da língua, geralmente sobre segurança pública, para tentar transmitir a impressão de que com ele na Presidência da República o Brasil ficará livre de bandidos.

Seus “chavões” mais conhecidos são “bandido bom é bandido morto” e “prefiro cadeia cheia de vagabundos a cemitério cheio de inocentes”. Isso pode até sensibilizar algumas camadas da população, mas para chegar ao Palácio do Planalto é muito pouco. Se o deputado quiser sentar na cadeira de presidente, tem que estudar mais os problemas do país e dizer o que propõe para tentar solucioná-los. Se for aos debates de TV para repetir os mesmos “chavões” que o Brasil inteiro já conhece, nivelar-se-á (com a licença de Michel Temer) a Marina Silva e será desconstruído por si só.

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