Aos 19 anos de idade, Rafael Vieira roubou a cena na vitória do Macaé sobre o Oeste na última terça-feira, em partida válida pela 22ª rodada da Série B do Brasileirão. Não por uma atuação em campo, mas pelo choro espontâneo e comovente justamente por ser vetado minutos antes de rolar a bola – ele sentiu a coxa esquerda no momento do aquecimento. Era sua segunda partida como profissional e sua primeira na competição nacional. Dois dias depois, ainda um pouco abalado, ele falou sobre o acontecido.
Rafael chorou durante praticamente toda a partida, e os companheiros de equipe relataram que ele viajou de volta ao Rio de Janeiro cabisbaixo, embora alguns jogadores tentassem animá-lo. No primeiro gol contra o Oeste, por exemplo, o atacante Anselmo fez questão de chacoalhar o garoto no banco de reservas.
Nesta quinta, ele apareceu no treino da equipe realizado no Estádio Moacyrzão, mas de chinelos. A lesão na coxa o tirará de ação, pelo menos, por uma semana. O zagueiro conta que ficou “cego” no momento e explicou as lágrimas.
– Foi muito espontâneo. No primeiro instante, fiquei meio cego, perdi o chão. Era uma oportunidade tão esperada. E, de repente, aquilo. Bateu um desespero. Chorei o jogo todo, mas já era também. Passou. Foi meio que um desespero. Porque era o final do aquecimento, faltava uns oito minutos para começar o jogo. De repente, senti uma fisgada na coxa, fiquei sem acreditar no momento. Infelizmente, faz parte. Fiquei bem contente pelo resultado, mas, por outro lado, bem chateado, tanto é que não consegui segurar as lágrimas – conta ele.
O apoio dos companheiros de time, principalmente dos zagueiros, também vem sendo essencial, segundo ele.
– Estou recebendo mensagens até agora. O Renato Santos, o Thiago Cardoso foram superatenciosos comigo, me deram força. Estou superando, graças a Deus. A princípio, fiquei bem abalado, mas acontece. Na vida do atleta, isso acontece com frequência – encerrou Rafael.
O próximo compromisso do Macaé na Série B do Brasileirão é nesta sexta-feira, contra o Luverdense, às 21h30, no Moacyrzão.
Fonte: Globo esportes