Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, registrou seu primeiro caso de febre oropouche na história. A confirmação foi feita pela secretaria estadual de Saúde em comunicado na última quarta-feira (12).

Trata-se, segundo a pasta, de uma mulher de 42 anos, moradora da cidade. O histórico de trânsito apontou que a vítima começou a apresentar os primeiros sintomas após chegar de uma viagem à Bahia, o que indica, na avaliação da secretaria, que ela pode ter sido infectada no local.

A doença tem sintomas parecidos com os da dengue e é transmitida por mosquitos, principalmente Culicoides paraensis, que é conhecido como maruim. Os insetos se reproduzem em locais com matéria orgânica, ao contrário do Aedes aegypti, que se reproduz na água.

Pelo fato de os sintomas da febre do oropouche serem similares aos da dengue e da chikungunya, o diagnóstico só ocorre por meio de exames laboratoriais. Os pacientes sentem dores de cabeça, musculares e nas articulações; náusea e diarreia.

Febre Oropouche na Bahia

Na Bahia, subiu para 628 o número de casos confirmados da Febre Oropouche. Os dados foram atualizados na última semana, após levantamento do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A doença foi mapeada em 41 municípios do estado.

O primeiro caso da doença em Salvador foi registrado no dia 10 de abril. Em todo o estado, a cidade de Gandu lidera a lista, com 81 diagnósticos positivos, seguida
por Amargosa, com 60, e Teolândia, com 43. Ilhéus registrou 37 casos da doença.