Cinco acidentes fatais que abalaram o mundo da Fórmula 1
1º de maio de 1994 é um dia inesquecível para todos os brasileiros; Ayrton Senna liderava o Grande Prêmio de San Marino quando, na Curva Tamburello, sua Williams escapou da pista e atingiu a mureta de proteção
A Fórmula 1 atrai milhões de fãs pelas altas velocidades, tecnologia e rivalidade nas pistas. No entanto, o esporte também oferece muitos perigos. Ao longo da história, dezenas de pilotos perderam a vida em acidentes que abalaram o mundo. Felizmente, a modalidade já avançou muito em segurança, e as colisões fatais são cada vez mais raras. Mesmo o grave acidente de Guanyu Zhou, nesta temporada, não passou de um susto. Isso permite que os pilotos possam competir com mais tranquilidade – e quem tiver um palpite sobre o campeão da temporada 2022 pode ver neste artigo como fazer suas previsões.
Os altos investimentos em segurança, sem dúvidas, tornaram a Fórmula 1 uma categoria bem menos perigosa. Mas essa história nem sempre foi assim – nos primórdios, a F1 era praticamente uma roleta russa. Somente na década de 50, o mundo assistiu a nada menos do que 17 pilotos morrerem nas pistas. A partir dos anos 60, os números foram caindo gradativamente, mas outros 29 pilotos também teriam um fim trágico.
Neste artigo, vamos relembrar cinco acidentes fatais que abalaram as estruturas da Fórmula 1. São vidas humanas que terminaram cedo demais. Mas esses heróis do automobilismo nunca serão esquecidos pelos fãs da modalidade e estarão para sempre no coração e na memória do público.
16 mortes em um acidente
No dia 10 de setembro de 1961, o piloto alemão Wolfgang von Trips se envolveu em um acidente com Jim Clark, uma das lendas do automobilismo mundial. Após os carros se tocarem, Von Trips perdeu o controle de sua Ferrari, saiu da pista e acabou “decolando”.
O carro do alemão atingiu fãs que assistiam à corrida ao lado da pista. Além dele, 15 espectadores morreram em um dos acidentes mais marcantes da Fórmula 1.
Fogo em Mônaco
O lendário Lorenzo Bandini, vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1963, teve um fim trágico no charmoso circuito de Mônaco, quatro anos mais tarde, em 1967. Na 82ª volta da corrida, o italiano acabou perdendo o controle de sua Ferrari na chicane do porto e colidindo com a mureta de proteção.
Com o impacto, o carro explodiu, provocando graves queimaduras em 70% do corpo de Bandini. Após três dias lutando pela vida em um hospital, o italiano não resistiu aos ferimentos e faleceu aos 31 anos de idade.
Morte precoce do galã da F1
François Cevert era um piloto bastante talentoso e pupilo de Jackie Stewart. O francês, nascido em 1944 e educado à moda parisiense da época, iniciou sua jornada no automobilismo com as motos. Todavia, ele logo passou a interessar-se pelos carros e, após obter sucesso nas Fórmulas 3 e 2, chegou à principal competição da modalidade.
Mas sua trajetória promissora terminaria de maneira trágica no dia 6 de outubro de 1973, em Watkins Glen (EUA). Após uma grave colisão com a mureta de proteção do circuito, o francês acabou sendo decapitado. O acidente mexe até hoje com o brasileiro Emerson Fittipaldi, que foi um dos poucos a ver o corpo de Cevert.
Morte de um ídolo
O dia 1º de maio de 1994 é inesquecível para todos os brasileiros e fãs de Fórmula 1. Ayrton Senna liderava o Grande Prêmio de San Marino quando, na Curva Tamburello, sua Williams escapou da pista e atingiu a mureta de proteção.
Um pedaço da suspensão se soltou e entrou pelo capacete de Senna, causando graves ferimentos. Socorrido de helicóptero, o brasileiro teve sua morte anunciada horas mais tarde. Seu funeral ocorreu no dia 5 de maio, em São Paulo. Milhões de pessoas pararam a maior cidade do Brasil para dar adeus a um dos maiores ídolos do esporte nacional.
Último acidente fatal
Desde a morte de Senna, ocorrida em 1994, passaram-se 20 anos até que um novo acidente fatal ocorresse na Fórmula 1. Em 2014, no Grande Prêmio do Japão, a Marussia de Jules Bianchi acabou saindo da pista e atingindo um trator que estava retirando o carro de Adrian Sutil.
O francês ficou em coma durante nove meses, mas morreu em um hospital de Nice (FRA), para onde havia sido transferido. A morte de Bianchi chocou o mundo da F1, já desacostumado a acontecimentos dessa gravidade. Este triste episódio permanece como último acidente fatal da categoria.