Ciro diz que “erro mais grave” de Lula foi colocar “dois bandidos” na linha sucessória

De passagem por Montes Claros (MG) neste final de semana, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) declarou que o “erro mais grave” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de ter escolhido Dilma Rousseff para sucedê-lo, foi ter colocado “dois bandidos” na linha sucessória presidencial: Michel Temer (PMDB) e Eduardo Cunha (PMDB).

O primeiro era vice-presidente da República e o segundo presidente da Câmara Federal.

Ciro declarou também não acreditar que Lula seja candidato em 2018 não por causa da sentença do juiz Sérgio Moro, e sim de sua alta taxa de rejeição.

“O Lula saiu da Presidência da República (em 2010) com uma aprovação de 83% e agora tem uma aceitação de 30% nas pesquisas. Isto quer dizer que ele enfrenta uma rejeição de mais de 50% da população. Então, ele não vai querer sair candidato para não prejudicar sua biografia”, disse o ex-ministro.

Segundo ele, Lula fez um “governo respeitável” mas se por acaso entrar na disputa dividirá o Brasil ao meio, ensejando uma “campanha de ódio” como nunca se viu em nossa história.

Ele admitiu que está em campanha para se tornar presidente da República e disse por quê:

“Eu sou uma alternativa ao Brasil. Eu tenho uma ideia, uma proposta, que está mais detalhada do que a proposta de qualquer outro candidato. Eu acredito que tenho uma vida, uma experiência e uma capacidade para serem avaliadas. Quanto ao presidente Lula, eu digo que ele teve uma passagem respeitável pela Presidência porque estava em sintonia com o povo brasileiro”.

De acordo com ele, durante o governo Lula o gasto social subiu de 15% para 22% do PIB (Produto Interno Bruto) “e isso não é trivial”. O salário mínimo subiu de 76 para 326 dólares. E o percentual de crédito em relação ao PIB passou de 17% para 55%”, mas isso não quer dizer, acrescentou, que Lula não cometeu erros.

Um deles, frisou, foi “não ter apresentado projetos para o país” e outro não ter institucionalizado os avanços sociais, “que estão sendo desmontados rapidamente por Michel Temer”.

No entanto, salientou, o “erro mais grave e imperdoável” do ex-presidente foi ter apoiado Dilma Rousseff (PT) à sua sucessão.

“Aproveitando a popularidade generosa que merecia, ele (Lula) impôs a nós todos uma candidatura de uma pessoa honrada, mas inexperiente, e o que é mais grave: colocou dois bandidos na linha de sucessão, o Michel Temer e o Eduardo Cunha”.

Ciro participou em Montes Claros ao lado do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, da convenção municipal do partido.

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