Com mais gols, Alecsandro cresce na briga pela vaga e acirra concorrência

Alecsandro: briga acirrada com Hernane pela vaga de titular
Alecsandro: briga acirrada com Hernane pela vaga de titular Foto: Márcio Alves / 23.03.14
Rafael Oliveira

Em sua última entrevista coletiva, no domingo, o técnico Jayme de Almeida teve que responder a uma pergunta que, a cada jogo, parece se impor mais: se Hernane perderia a vaga de titular. Para não dar margem a dúvidas, o treinador tratou de bancar o Brocador amanhã, contra a Cabofriense. Mas a cada rodada, a sombra de Alecsandro cresce. E, no momento em que os números provam que o reserva vive melhor fase, resta ao camisa 9 se apegar ao crédito conquistado com torcida e comissão técnica em 2013.

Hernane vem provando do mesmo veneno que utilizou para desbancar Marcelo Moreno na temporada passada. Do banco de reservas, mostrou mais eficiência que o titular, tomou a vaga para si e virou xodó. Agora, titular absoluto, vem levando a pior na comparação com Alecsandro.

O reserva de Hernane é o artilheiro do time na temporada, com nove gols, três a mais que o Brocador. Levando em consideração o tempo de cada um em campo, a diferença é maior. Com 587 minutos jogados, Alecsandro ostenta média de um gol a cada 65 minutos, menos que a metade dos 161 minutos que o titular levou para marcar cada um de seus gols até agora em 2014.

— Paciência é uma palavra interessante e é coisa que eu carrego na minha vida. O ser humano não tem que ser passional, e sim paciente. Porque, quando não tem (paciência), às vezes você erra. O que posso dizer é que isso vem do caráter. Eu sou um cara que trabalha muito e acredito no meu potencial — disse Alecsandro, evitando o confronto direto e mantendo o respeito na disputa pela posição.

Mas os números falam alto. Quando o assunto são finalizações e assistências, Alecsandro também leva vantagem. Foram 26 chutes a gol e três assistências contra 25 finalizações e dois passes para gol de Hernane, mesmo com a grande diferença de minutos jogados.

— A opção de titularidade é total do treinador. Eu, como funcionário do clube, tenho que respeitar — contemporizou Alecsandro.

(Extra)

 

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