Com repasse de R$ 150 mil, PF aponta “rachadinha” em gabinete de deputada bolsonarista

Investigada no inquérito dos atos antidemocráticos, Aline Sleutjes (PSL-PR) teria recebido o dinheiro de assessores e irmã de seu chefe de gabinete

A Polícia Federal identificou uma possível prática de “rachadinha” no gabinete da deputada bolsonarista Aline Sleutjes (PSL-PR), investigada no inquérito dos atos antidemocráticos. Após quebra de sigilo bancário, a PF constatou que Aline recebeu cerca de R$ 150 mil de dois assessores, um ex-funcionário e a irmã de seu chefe de gabinete.

Segundo reportagem de Guilherme Amado, no jornal Metrópoles, Aline afirmou em depoimento à corporação, em setembro do ano passado, que obteve R$ 68 mil de Marcelo Vinicius Collere, seu atual chefe de gabinete, em 2019. Ele, no entanto, recebe um salário na Câmara de R$ 15,7 mil.

Ela conta que recebeu o dinheiro por conta de gastos de seu gabinete que seriam reembolsados pela Câmara. Segundo ela, um empréstimo de R$ 50 mil também foi feito a Collere por “necessidades pessoais decorrentes de dificuldades financeiras até assumir a função no gabinete da declarante”.

A defesa de Aline também afirmou à PF que ela recebeu R$ 20,5 mil da irmã de Collere como forma de quitar a dívida dele de R$ 50 mil com a parlamentar.

No depoimento, os delegados também citaram um repasse de R$ 20 mil do assessor Davi Katzenwadel, cujo salário é R$ 7,8 mil. Outra transferência foi de R$ 40 mil, realizada por Renan Gregory, também assessor parlamentar, cujo salário é de R$ 6,6 mil.

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