Comerciantes do Mercado Municipal de Juazeiro pedem socorro
Da Redação
O Mercado Municipal Joca de Souza Oliveira, em Juazeiro, é considerado um dos equipamentos mais antigos do município. Dos mais antigos e dos que mais necessitam de atenção e cuidado por parte do poder público, isso porque tem, hoje, sua estrutura corroída não só pelo tempo, mas principalmente pelo descaso com que vem sendo tratado por várias administrações municipais.
A sujeira, o mau-cheiro, a falta de estrutura, e a desorganização, deram espaço também a uma enorme sensação de insegurança no local. Isso devido a alguns crimes que vem acontecendo no mercado. Os boxes vêm, comumente, sendo invadidos e roubados durante a noite, onde vigilância é pequena, e há pouca iluminação. Pra piorar a situação até mesmo assassinatos têm acontecido dentro do local, durante o dia, enquanto comerciantes e fregueses negociam.
Tudo isso tem provocado um esvaziamento, por parte dos clientes. Como conta o comerciante Eduardo Vieira do Nascimento. “Falta segurança, a estrutura está quase acabada. A situação é precária, sendo assim, o cliente se afasta, procura lugares melhores”.
Existe um pavilhão histórico prestes a desabar bem no meio do Mercado. “A gente faz reunião duas vezes por mês e debate muito sobre isso, mas ate agora nenhuma solução”. Eduardo, que tem um Box para refeições, disse que não existe nem perspectiva de melhorias. “Fizeram 12 novos boxes, no setor de carnes, mas pra cá pros restaurantes não existe nada em andamento. O que é feito é feito por conta própria. Aqui coloquei forro, pintei, coloquei sombreiro, pra melhorar um pouco, porque se depender da administração não se faz nada”.
Durante a visita de nossa reportagem constatamos a presença de funcionários da prefeitura fazendo a limpeza no local, Eduardo revela que cada comerciante ainda contribui com dois reais por dia para pagar esses funcionários.
Ainda que a limpeza seja realizada, a estrutura hidráulica e sanitária destruída e as boca de lobo praticamente abertas não permitem que o local permaneça limpo. “Quando chove aqui fica tudo alagado, as baratas tomam conta, tem gente que fecha o Box porque não tem condição de trabalhar”, conta o comerciante.
Os comerciantes denunciam que existe muita prostituição no local, de noite e de dia. “A gente tem que afastar. Pedir licença”.
O Sr. Gício José dos Santos conta que negocia no Mercado desde que foi inaugurado. “Vivo aqui lutando, vendendo aves, ovos, fazia comida também, mas deixei de fazer porque o local não está adequado. Colocar freguês em uma mesa e servir, a gente fica até envergonhado com isso. A gente fica esperando que os ‘homens’ melhorem a situação, melhorem o ambiente”.
“Ao longo desses, quase 40 anos de existência do Mercado, quase nada foi feito. Entra prefeito, sai prefeito e a conversa é que vai ajeitar, reformular, reorganizar e nada disso acontece. Só fazem prometer”, finalizou Sr. Gício.
A reportagem tentou contato com o coordenador do local e o mesmo não foi localizado.