Comoção e revolta durante enterro de dona de casa em Juazeiro

irmã
Carla Patrícia

Da Redação

A indignação era geral dos amigos e parentes da dona de casa, Margareth Rose da Conceição durante enterro na tarde de ontem em Juazeiro da Bahia. Ela morreu por volta das 4h da manhã, em um dos leitos do Hospital Regional/IMIP a espera do benefício do INSS que teria como objetivo comprar medicamentos.

“Eu não sei o que dizer numa situação tão comovente como esta. Toda a população presencia casos de menos gravidade onde o INSS libera a LOAS num piscar de olhos, e esta Senhora além de ter sido humilhada foi morta, abandonada num leito de hospital a espera de um benefício que não saiu. Os peritos condenaram o laudo técnico, agora quero saber o que o CREMEB vai fazer para punir esses médicos do INSS e o próprio órgão porque isso é caso de cadeia. É por isso que muitas pessoas perdem a cabeça e fazem besteira quando não vê a justiça funcionar”, desabafa Orlando Soares, amigo da família.

“Se a vontade dos médicos do INSS eram ver a sua morte, está aí o resultado. Ela morreu, e agora? Cadê a justiça? Na verdade esse é o exemplo do comportamento medíocre dos profissionais de saúde em nosso país, que além de serem corporativistas não aceitam que outros profissionais venham de países distintos para trabalharem temendo a concorrência financeira e profissional. A saúde em nosso país se transformou em um mercado insano de interesses particulares onde a vida fica em ultimo plano. Se não houver uma mudança na Lei, a coisa vai piorar mais ainda. Já existe casos no país onde pessoas estão invadindo hospitais armadas para pegar determinados médicos envolvidos em casos de negligências. Espero que isso não venha a acontecer em nossa região”, lamenta o aposentado Nivaldo Xavier.
“É complicado. Até a determinação da Defensoria Federal, obrigando o pagamento do benefício não foi acatada. O INSS recorreu mesmo sabendo do risco de morte de dona Margareth”, lamenta o professor e amigo da família, Antonio Carlos.

A irmã de dona Margareth Rose, Carla Patrícia Pinheiro, de tão emocionada, não teve condições de falar.

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