Comoção e revolta marcam despedida a universitário morto em assalto a ônibus

O sepultamento de Gean Carlos Lopes Junior, realizado na manhã deste sábado no Cemitério Parque dos Arcos, em Caruaru, teve pedidos de justiça.
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Coroas de flores foram enviadas para homenagear universitário assassinado (Foto: Cortesia)
Do Diário de Pernambuco
Familiares, amigos, colegas de curso e professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde o jovem de 20 anos cursava o 4° período de Ciências do Consumo, cobraram respostas das autoridades e justiça.
Gean Carlos foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), na noite da última quarta-feira (1°), dentro de um ônibus BRT, quando voltava do trabalho.
A mãe do estudante, Cinara Patrícia, cobrou respostas para perguntas ainda não esclarecidas.
“Porque o socorro demorou tanto? Quem são os suspeitos de matar meu filho? Porque o serviço social do hospital (Restauração) não entrou em contato com a gente? Nós soubemos pela internet. Como vocês veem, são muitos porquês que precisam de respostas”, disse.
Presente no velório, a coordenadora do curso Ciências do Consumo da UFRPE, Maria Zênia Tavares, questionou o clima de insegurança vivido no estado e destacou o protesto que será realizado na universidade na próxima terça-feira (7).
“Não é só no Recife, é em todo o Estado. Vamos realizar esse ato para cobrar segurança, cobrar o direito à cidade, cobrar condições para vivermos a cidade”, comentou.
Vice-presidente regional da UNE, Éverton Simão contou que os estudantes também estão organizando um protesto, ainda sem data para ser realizado.
“Conheci Gean em 2022 no movimento estudantil. Ele militava pela educação pública, pelo transporte, pela segurança e foi justamente por causa da insegurança que ele se foi”, lamentou.
“Foram muitos crimes cometidos além do assassinato. Houve omissão de socorro do motorista, tiraram ele do ônibus e colocaram na rua, por quê? Cadê as câmeras de segurança? O serviço social do hospital? Estamos estudando outras ações para cobrar justiça”, completou Éverton.
“A morte de meu filho não vai ser em vão. Vamos lutar por justiça para que isso não aconteça mais com nenhum jovem”, afirmou a mãe de Gean.

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