Condomínio do ‘Minha casa, minha vida’, em Juazeiro (BA) está se transformando numa ‘rocinha’
Da Redação
Moradores do Loteamento Residencial São Francisco, bairro Antonio Conselheiro, em Juazeiro (BA) estão preocupados com o agravamento dos problemas que estão se acumulando ao longo dos dias. Temendo pela própria vida, eles decidiram fazer denuncias referente à falta de segurança, vandalismo, tráfico e uso de drogas, prostituição, invasão de residências, roubos seguidos de furtos, e ainda a falta de atenção do poder público.
Neste bloco de apartamentos a fiação elétrica pegou fogo e por pouco não destruiu os apartamentos. O bloco foi interditado, mesmo assim famílias continuam morando.
Rede de esgotamento entupida e com tampa arrebentada
Eles decidiram levar o fato à público, mas que os nomes ficassem no sigilo. “O único beneficio que chegou aqui, até o momento, foi quando a presidente Dilma entregou as casas há quase três anos. O que se tinha aqui nos logradouros foi destruído a exemplos dos parques infantis, praças, gramado, parte do calçamento, cercado, casas e apartamentos sendo arrombadas por ladrões e usuários de drogas. Aqui está um verdadeiro inferno”, relata um dos moradores.
Temendo pela própria vida, o local deixou de ter associação de moradores
Ele vai mais além: “Aqui não era permitido à entrada carros pesado, mas é constante o que provocou a destruição de parte do pavimento na entrada e outros lugares. Para o ônibus coletivo ou um veiculo pequeno sair é obrigado desviar por uma lateral do cercado”, informa.
O serviço de coleta de lixo funcional normal, mas moradores jogam lixo no local onde deveria ser uma praça
Os próprios moradores destruíram o cercado
O vandalismo destruiu 3 parques infantis
A falta de ação dos próprios moradores faz com que o mato cresça em suas portas
Morador de apartamento deixa seu jumento amarrado e se alimentando do que sobrou de uma jardim
Com o vandalismo, arrancaram a tampa de um bueiro
A principal via de saída de veículos foi destruída; hoje fizeram uma gambiarra com a derrubada do cercado
O comércio de bebidas e drogas funcional normal; alguns moradores temem pela própria vida
Mais descasos
“Aqui não temos posto de saúde, posto policial; os correios não entram obrigando as pessoas a irem para a agência no centro. A situação é tão dramática que não existe associação de moradores, agora o que se tem muito aqui são barracos vendendo bebidas com som auto durante 24 horas provocando confusões. A polícia chega aqui e na mesma da hora vai embora; o pior que ninguém pode falar nada. Muitas pessoas já desocuparam os imóveis à procura de outro lugar porque não suportou o ambiente; são vários os imóveis fechados. Aqui a noite é considerado o lugar mais perigoso de Juazeiro”, desabafa.
Os problemas gerados no local têm provocado o medo nas mães. “A falta de tranqüilidade é geral. Durante o dia e a noite alguns malandros ficam fumando maconha e cheirando pó em plena luz do dia. Pode-se dizer que aqui hoje é igual a ‘Rocinha do Rio de Janeiro’ onde somos obrigados a convivermos no mundo do crime”, alerta uma senhora.
O local deveria levar paz e harmonia para quem tem uma baixa renda
No momento em que a reportagem do Ação Popular estava fazendo entrevista, chegou uma dona de casa informando que uma moto teria sido roubada há poucas horas. “Um rapaz tomou uma moto emprestada do colega de trabalho para ir a sua casa, quando saiu na porta estava o lugar mais limpo. Se uma pessoa sai para trabalhar os bandidos invadem as casas e levam tudo; houve casos onde a pessoa viajou encontrando a casa vazia quando retornou.
Medo no meio das drogas
Outro fato que ela destaca é sobre as ‘bocas de fumo’. “Aqui têm muitas. O movimento é de 24 horas. Eu como mãe de família tenho medo em morar aqui, mas fazer o que se não tenho condições de ir para outro lugar? Assim como eu são várias as pessoas que não dormem direito; é um lugar assustador; aqui tem casa que funciona como cabaré”, informa.
Com a palavra as autoridades.