Confronto entre Bolsonaro e o PT não seria bom para o país

O Brasil vive um clima de ódio e intolerância que teve início do impeachment de Dilma

O Ibope divulgou ontem o resultado de uma nova pesquisa sobre a eleição presidencial. Em relação à pesquisa do último dia 24, o resultado não se alterou. Jair Bolsonaro (PSL) continua em 1º com 27% de intenções de voto, seguido por Fernando Haddad (PT) com 21%. Ambos oscilaram um ponto percentual para baixo, ao passo que Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado, oscilou um ponto para cima. Tinha 11% e agora tem 12%. Geraldo Alckmin (PSDB) parece que não tem jeito de chegar aos dois dígitos. Continua com os mesmos 8% da pesquisa anterior e Marina Silva permanece no seu processo inexorável de encolhimento, tendo oscilado de 5% para 6%. A taxa de rejeição a Bolsonaro caiu de 46% para 44%, e a de rejeição a Haddad de 30% para 27%. Os dois deverão se enfrentar no 2º turno. Mas é perda de tempo os institutos de pesquisa querer detectar, hoje, qual dos dois seria o vencedor, pois não se capta o resultado do 2º turno antes da realização do primeiro.

Ademais, ainda faltam 10 dias para a data do pleito e até lá muita coisa poderá ocorrer, ou simplesmente não ocorrer nada. Em todo caso, não seria bom para o Brasil um 2º turno entre o PT e um candidato assumidamente fascista. O país está dividido entre lulistas e não lulistas, e num clima de ódio e intolerância que teve início no impeachment de Dilma e ainda foi totalmente superado. Bolsonaro ou Haddad na Presidência da República enfrentará uma oposição intransigente no Congresso como foi a do PSDB no governo Dilma. Para distensionar o país e pacificá-lo, o futuro presidente não precisa necessariamente ser Geraldo Alckmin, mas deverá pelo menos ter um perfil parecido com o dele. (Inaldo Sampaio)

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