Considerado de “alta periculosidade”, Detento que estava em Pernambuco é levado para penitenciária federal em Mato Grosso

Segundo a PF de Pernambuco, durante as investigações, foi comprovado o envolvimento dele nos atentados ocorridos em 14 de março de 2023, no Rio Grande do Norte

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Detento foi levado pela PF (Foto: PF)
Um detento  considerado “de alta periculosidade” foi transferido de Pernambuco para a penitenciária federal de Campo Grande, em Mato Grosso.
A transferência aconteceu na sexta (21) e foi confirmada pela Polícia federal (PF) nesta terça (25).
O detento cumpria pena por homicídio qualificado no presídio de Igarassu, no Grande Recife.
Ele  foi alvo da Operação Manguezais, deflagrada em fevereiro deste ano.
A ação investigou uma organização criminosa voltada para a prática dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de capitais.
Investigação
Segundo a PF de Pernambuco, durante as investigações, foi comprovado o envolvimento dele nos atentados ocorridos em 14 de março de 2023, no Rio Grande do Norte.

Foram 300 ataques criminosos registrados ao longo de oito dias a prédios públicos, lojas  e veículos.
 Cerca de 56 cidades tiveram pelo menos um ataque desde o início das ações criminosas, sendo 168 suspeitos presos, 42 armas de fogo, 139 artefatos explosivos, 31 galões de combustíveis, 14 motos e 2 carros apreendidos.
As ordens para as ações criminosas foram motivadas por exigências como aparelhos de televisão e visitas íntimas, para os presos do sistema penitenciário estadual.
Transferência
A ação de transferência contou com o apoio operacional do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além de Policiais Penais. O detento permanecerá no sistema penitenciário federal pelo prazo inicial de 180 dias, podendo ser prorrogado.
 
Manguezais 
A operação Manguezais ocorreu entre dias 30 de janeiro  e 18 de fevereiro. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 29 prisões.
A investigação foi iniciada no final de 2022, tendo como foco um grupo chefiado por um presidiário, que já respondia a outros processos criminais e que estava atuando com o tráfico de drogas na região de Rio Formoso, Tamandaré e outras cidades do litoral sul de Pernambuco.
Com o avanço das investigações, chegou-se ao conhecimento das ramificações da organização criminosa, que possuía tentáculos nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso.
Além disso, havia uma setorização das atividades criminosas, com alas dos grupos atuando diretamente no tráfico, lavagem de dinheiro e na intimidação e guerra pelo domínio de áreas onde estabeleceram pontos de vendas de entorpecentes.
A Seção Pernambuco da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco – FICCO/PE – composta pelas Polícias Federal (PF), Civil (PC), Militar(PM), Penal(PP), e Rodoviária Federal (PRF).
A FICCO/PE foi criada por meio de Acordo de Cooperação Técnica para atuar na repressão a crimes violentos, conjunto de esforços e a experiência de cada órgão, trabalhando em ambiente comum com compartilhamento de informações e recursos materiais e humanos.

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